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Atualidades
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Trump acusa Brasil de destruir a Amazônia por estrada da COP30

Governador do Pará rebate: “Esperamos você com um tacacá”, disse se referindo a uma comida típica da região.

Por
Redação Brasil Paralelo
Publicado em
10/11/2025 12:30
Getty Images / BBC News Brasil

Um dia antes da abertura oficial da COP30, Donald Trump publicou em sua rede Truth Social uma acusação.

Ele afirma que a Amazônia foi destruída para a construção de uma estrada “de quatro faixas” feita para agradar ambientalistas.

“Eles destruíram completamente a Floresta Amazônica brasileira para construir uma rodovia de quatro pistas para os ambientalistas viajarem. Isso se tornou um grande escândalo!”, escreveu Trump no domingo (9).

Trump compartilhou uma reportagem da Fox News que mostra o correspondente da emissora em Belém.

No vídeo, o repórter critica o Brasil por “suas prioridades ambientais” e afirma que a ministra Marina Silva teria “se gabado de cortar milhares de árvores” para viabilizar o evento climático da ONU.

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A polêmica da Avenida Liberdade

A estrada citada por Trump é a Avenida Liberdade, uma obra em andamento na capital paraense. O projeto antecede a COP30, mas parte dos recursos federais destinados ao evento ajudaram a viabilizar o empreendimento.

A rodovia liga a Alça Viária à Avenida Perimetral, nas proximidades da Universidade Federal do Pará (UFPA) e deve aliviar o trânsito da cidade.

Críticos, porém, afirmam que o traçado passa por uma Área de Proteção Ambiental (APA Belém), o que levantou questionamentos sobre o impacto ecológico da obra.

A reportagem da Fox News chegou a afirmar que 100 mil árvores teriam sido cortadas.

O governo paraense nega o número e garante que o projeto foi licenciado, com 57 condicionantes ambientais e sociais cumpridas, incluindo 37 passagens de fauna, ciclovia e sistema de iluminação solar.

De acordo com a Secretaria de Infraestrutura e Logística (Seinfra), a estrada segue o traçado de um linhão de energia onde a vegetação já havia sido suprimida. Segundo o governo, isso evita novas derrubadas e reduz a emissão anual de 17,7 mil toneladas de CO₂.

Governador do Pará responde a Trump

A declaração de Trump provocou reação do governador do Pará, Helder Barbalho (MDB), que rebateu Trump nas redes sociais em tom irônico.

“Em vez de falar de estradas, o presidente norte-americano deveria apontar caminhos contra as mudanças climáticas”, escreveu.

“Poderia celebrar a redução histórica no desmatamento da Amazônia com destaque para o Pará, que obteve o melhor resultado. Ou seguir o exemplo do Brasil e investir mais de US$1 bilhão para salvar florestas no mundo. Ainda dá tempo de passar na COP30, presidente Trump. Esperamos você com um tacacá. É melhor agir do que postar.”

O que diz o governo federal?

O Palácio do Planalto preferiu evitar polêmicas diretas. Em nota, afirmou que a obra “não é de responsabilidade do governo federal” e não faz parte das obras de infraestrutura preparatórias para a COP30.

“A Secretaria Extraordinária para a COP30, vinculada à Casa Civil da Presidência da República, esclarece que a obra da rodovia Avenida Liberdade, em Belém, não é de responsabilidade do governo federal e não integra o escopo da cúpula do clima”, diz o comunicado.

Ausência dos EUA e o “Efeito Trump”

A reportagem da Fox News que motivou a publicação de Trump também destacou que pela primeira vez desde 1992, os Estados Unidos não enviaram uma delegação oficial para uma conferência sobre o clima da ONU.

O correspondente mencionou o que chamou de “Efeito Trump”, apontando uma tendência de afastamento de líderes ocidentais de pautas climáticas.

Também citou a queda nas vendas de carros elétricos e as demissões em fábricas do setor nos EUA como reflexo desse desinteresse.

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