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Brasil
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Queimadas batem recorde, impactam empregos e preço ao consumidor

As queimadas no Brasil aumentaram em quase 80% em 2024. A Amazônia foi o bioma mais afetado.

Por
Redação Brasil Paralelo
Publicado em
23/1/2025 13:30
Foto: Fabio Rodrigues-Pozzebom/Agência Brasil

O Brasil encerrou 2024 com a maior área queimada desde o início dos registros de 2019,

Segundo o Monitor de Fogo MapBiomas, ao longo do ano, o país registrou 278.299 focos de incêndio em todo o ano. O número perde apenas para 2010, quando 319.383 mil focos foram contabilizados. 

Os incêndios afetam biomas e o dia a dia de quem tira o sustento desses locais, como por exemplo do setor de cana-de-açúcar e quem vive do ecoturismo.

O preço de produtos que levam açúcar também sobe. É o caso, por exemplo, do pão francês. Ontem, 22 de janeiro, Flávio Dino deu 15 dias para os estados e o governo federal explicarem as ações tomadas para combater o fogo. 

A situação é mais preocupante na Amazônia, que teve 361 mil hectares queimados apenas no mês de dezembro. O cenário traz de volta uma narrativa muito comentada em 2019. 

Naquele ano, as queimadas na Amazônia estamparam os jornais no mundo inteiro. Presidentes de outros países comentaram a situação e a foto de um filhote de macaco morto viralizou na internet. 

Celebridades comentaram o assunto, preocupadas com a floresta e cobraram ações das autoridades. No entanto, a imagem não tinha nada a ver com a Amazônia. A fotografia havia sido tirada na Índia em 2017 por um fotógrafo profissional. 

Buscando entender o que está por trás desse ambiente político de desinformação, a Brasil Paralelo realizou uma investigação exclusiva sobre o meio ambiente e abordou as queimadas na Amazônia.

O resultado está no documentário “Cortina de Fumaça”. O filme completo está disponível gratuitamente no Youtube. Assista abaixo: 

Perdas que aumentam o gasto das famílias

A Organização de Associações de Produtores de Cana do Brasil (Orplana) destacou ao portal Notícias Agrícolas o tamanho do impacto da produção no dia a dia do consumidor.

O açúcar é usado na fabricação de produtos como o pão, o que impacta diretamente quanto o consumidor paga. Com menos produto no mercado, o preço da matéria prima aumenta. 

Sendo assim, o consumidor paga mais caro. Isso já pode ser sentido no valor do etanol, derivado da planta. 

Em dezembro, o litro do combustível custava em média R$3,93 em São Paulo. Em janeiro de 2025, esse valor passou para R$3,95, um aumento de 0,5% em apenas um mês. 

Isso é reflexo direto da perda da safra de cana-de-açúcar em incêndios. Até 20 de setembro de 2024, foram queimados:

  • 263 mil hectares de plantações no estado de São Paulo;
  • 61 mil hectares de plantações em Minas Gerais; 
  • 43 mil hectares de plantações em Goiás; 
  • 19 mil hectares de plantações no Mato Grosso, e;
  • 28 mil hectares de plantações no Mato Grosso do Sul. 

Amazônia e Pantanal representam maior área queimada

Além das perdas financeiras do agro e o aumento do gasto do consumidor, a Amazônia teve 17,9 milhões de hectares consumidos pelas chamas. Desses, 6,8 milhões eram de floresta, segundo informações da Agência Brasil.

Também pegaram fogo: 

  • 1,9 milhão de hectares do Pantanal, sendo 1 milhão apenas de Mata Atlântica. A região é considerada o maior bioma do mundo, com aproximadamente 150.355 km² de área. Isso equivale a 1,76% do território brasileiro;  
  • 9,7 milhões de hectares do Cerrado;
  • 3,4 mil hectares de vegetação dos Pampas; 
  • 330 mil hectares da Caatinga. 
Incêndios bateram recorde em 2024, afetando a vida de produtores agrícolas e aumentando preços de alimentos. Greenpeace - Divulgação.

Governo fornece ajuda ao turismo e Dino cobra estados

No dia 30 de outubro, o governo federal anunciou que enviaria dinheiro a quem não pode explorar mais o ecoturismo por causa das queimadas. 

De acordo com o Ministério do Turismo, a ideia é minimizar os prejuízos dessas pessoas. 

Segundo a pasta, os interessados devem:

  • comprovar que estão em áreas com decretos de emergência ou calamidade pública;
  • estar devidamente registrados no Cadastro de Prestadores de Serviços Turísticos (Cadastur).

Já Flávio Dino quer um “um raio X completo” das investigações sobre queimadas. Uma decisão publicada nesta quarta-feira exige dos governos medidas para conter as queimadas. 

Ele deu 15 dias úteis para que o governo federal e os principais estados afetados pelos incêndios sobre como estão as investigações e quem já foi punido por causar incêndio. 

Quer também que haja campanhas de conscientização das pessoas sobre a prevenção de incêndios. 

A situação das queimadas no Brasil é sem precedentes e afeta o bolso da população e o dia a dia de quem vive nessas áreas. 

No entanto, o documentário Cortina de Fumaça mostra que existe uma questão mais profunda na situação. A investigação da Brasil Paralelo está disponível gratuitamente no Youtube.

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