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Atualidades
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Qual a origem dos drones usados por traficantes no RJ para bombardear policiais?

Criminosos adaptam drones civis para lançar granadas sobre rivais e policiais durante operações nos complexos do Alemão e da Penha.

Por
Redação Brasil Paralelo
Publicado em
28/10/2025 11:57
Metrópoles

Drones usados por traficantes na megaoperação desta terça-feira (28) não são novidade. A tecnologia que foi usada contra as forças de segurança nos complexos do Alemão e da Penha vem sendo desenvolvida por facções do Rio de Janeiro há pelo menos um ano.

O equipamento, antes usado para filmagens, passou a lançar granadas sobre rivais e forças de segurança. De acordo com as investigações da Polícia Federal e da Polícia Civil, os traficantes aprenderam a adaptar a tecnologia observando vídeos de combates na Ucrânia.

Em julho de 2024, um vídeo gravado na Zona Norte do Rio mostrou um drone sobrevoando a Favela do Quitungo com um explosivo preso por fios.

O artefato foi lançado contra integrantes de uma facção rival no Complexo de Israel. A cena imitava, de forma rudimentar, as táticas usadas por soldados ucranianos nos primeiros meses da guerra.

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Militares aliados e manuais de guerra

As investigações revelam que parte do conhecimento técnico veio de dentro das Forças Armadas. A Polícia Federal prendeu Rian Maurício Tavares Mota, militar da Marinha, acusado de auxiliar o Comando Vermelho na adaptação dos drones.

Em mensagens interceptadas pela PF, Rian orientava os criminosos sobre o uso de um “dispensador”, dispositivo que segura a granada e libera o pino no momento do lançamento.

O interlocutor do militar era Edgar Alves de Andrade, conhecido como Doca, preso na operação desta terça-feira. Ele é apontado como um dos chefes do Comando Vermelho na Penha.

À época das conversas, os dois planejavam ataques contra grupos milicianos e facções rivais em favelas dominadas pelo CV.

O aprendizado pela internet

Investigações anteriores mostram que o avanço da tecnologia não exigiu importação de equipamentos militares. Os traficantes utilizam drones de uso comercial, do tipo FPV, vendidos livremente pela internet.

Esses aparelhos custam entre R$3 mil e R$10 mil e suportam cargas de até meio quilo, o suficiente para carregar uma granada de mão.

Confrontos e vítimas

As autoridades afirmam que, durante a operação desta terça-feira (28), quatro suspeitos foram mortos, entre eles dois da Bahia e um do Espírito Santo.

Um policial civil morreu baleado durante a operação. Outros quatro PMs e um delegado ficaram feridos.

Três civis também foram atingidos por balas perdidas:

  • um homem em situação de rua, baleado nas costas e levado ao Hospital Estadual Getúlio Vargas;
  • uma mulher atingida enquanto se exercitava em uma academia;
  • e um homem ferido em um ferro-velho da região.

Ao todo, 25 suspeitos foram presos, cinco deles internados sob custódia após serem baleados. A polícia apreendeu 10 fuzis, 2 pistolas e 9 motos usadas por traficantes durante os confrontos.

A ação contou com o apoio de helicópteros, 32 blindados, veículos de demolição e ambulâncias do Grupamento de Salvamento e Resgate.

Foram mobilizados agentes de todas as delegacias especializadas, do Departamento de Combate à Lavagem de Dinheiro e da Subsecretaria de Inteligência.

Por causa dos confrontos:

  • 45 escolas municipais suspenderam as aulas;
  • cinco clínicas da família interromperam o atendimento externo;
  • 12 linhas de ônibus foram desviadas.

De acordo com a polícia, entre os presos está o operador financeiro Edgard Alves de Andrade, o “Doca”, apontado como integrante da cúpula do Comando Vermelho na Penha.

A Operação Contenção faz parte de uma série de ofensivas contra o grupo e busca enfraquecer a base logística e financeira da facção, que mantém ligações com o tráfico internacional e redes de lavagem de dinheiro.

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