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Os moradores do Complexo da Maré amanheceram ao som de tiros na manhã desta quarta-feira (26). O confronto aconteceu durante uma operação da Polícia Civil na Vila do João.
Durante a ação, um menino de 12 anos foi baleado na perna dentro da escola que fica ao lado do 22º Batalhão de Polícia Militar. Um outro disparo atingiu uma sala de aula da UFRJ e a universidade suspendeu as atividades da tarde e da noite.
O estudante participava de uma atividade no pátio do colégio quando foi baleado. Moradores e funcionários levaram o garoto para a Clínica da Família Jeremias Moraes da Silva. Depois, ele foi transferido para o Hospital Getúlio Vargas, na Penha.
De acordo com a Secretaria de Educação, o projétil foi retirado e o estado de saúde do menino é estável.
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A Polícia Civil afirma que a operação mirava uma quadrilha fortemente armada na Vila do João. Segundo a corporação, agentes da Subsecretaria de Inteligência e da Coordenadoria de Recursos Especiais identificaram traficantes que se preparavam para invadir uma comunidade rival.
O confronto resultou na morte de três suspeitos, na prisão de outro e na apreensão de dois fuzis e pistolas.
A troca de tiros afetou toda a região. A Linha Amarela chegou a ser interditada duas vezes. Motoristas voltaram na contramão para se proteger. A ambulância que atendia o estudante teve dificuldade para acessar e deixar o complexo devido aos disparos.
Na UFRJ, o tiro atingiu uma sala do Centro de Ciências Matemáticas e da Natureza. A universidade suspendeu as aulas do dia. Um helicóptero da polícia pousou no campus por questões estratégicas. De acordo com a corporação, a aeronave não foi atingida.
A escola onde ocorreu o disparo aplicaria a prova nacional de alfabetização nesta quarta-feira. A avaliação foi cancelada. A Polícia Civil informou que a operação continua durante a tarde, com buscas pelo chefe do tráfico na Vila do João.
A ação ocorre pouco depois da Operação Contenção, que resultou na morte de mais de uma centena de criminosos e em diversas prisões. A violência segue como um tema constante no Rio, e entender suas origens nem sempre é simples.
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