Putin se mostrou aberto a dialogar diretamente com Trump, enfatizando que está disposto a discutir a questão com o presidente americano.
"Eu acho que um cessar-fogo de 30 dias seria bom, mas qual é a natureza dessa estrutura? Quem teria autoridade sobre ela? Estou aberto a falar com o presidente Donald J. Trump sobre esses assuntos."
Essa disposição sinaliza uma possível aproximação entre Moscou e Washington, mas sem um compromisso formal de aceitação da proposta até o momento.
Exclusão da Europa e pontos de tensão
O presidente russo deixou claro que vê as negociações como uma questão bilateral entre Rússia e EUA, ignorando o papel de nações como França e Alemanha, que historicamente têm mediado diálogos sobre o conflito. Essa exclusão pode gerar atritos com aliados ocidentais da Ucrânia, que defendem uma abordagem multilateral.
Por outro lado, a Ucrânia, que já sinalizou apoio à proposta de Trump em negociações recentes em Jeddah, na Arábia Saudita, insiste em garantias de segurança sólidas.
O presidente ucraniano Volodymyr Zelensky tem reiterado que qualquer trégua deve incluir mecanismos para evitar novos avanços russos, uma demanda que contrasta com as condições frequentemente impostas por Moscou, como a neutralidade ucraniana e a cessão de territórios ocupados.
Contexto e próximos passos
A proposta de cessar-fogo de 30 dias, articulada por Trump e aceita preliminarmente pela Ucrânia, surgiu após conversas entre delegações americanas e ucranianas em 11 de março de 2025.
O plano prevê uma pausa imediata nos combates, com possibilidade de extensão se ambas as partes concordarem, mas depende da reciprocidade russa. Até agora, Putin não confirmou oficialmente sua adesão, mantendo a incerteza sobre o futuro do conflito.