Em meio a uma das maiores tensões comerciais entre Brasil e Estados Unidos, o governo de Donald Trump decidiu reverter parte do tarifaço em produtos brasileiros, abrindo espaço para uma acomodação diplomática com Brasília.

A reversão das tarifas não apenas representa alívio para exportadores brasileiros, mas também sinaliza uma mudança importante no tom das negociações bilaterais, iniciadas após conversas diretas entre Trump e Lula em outubro.

O que mudou no tarifaço?

A ordem executiva assinada por Trump nesta quinta-feira (20) remove a tarifa adicional de 40% para mais de 900 produtos brasileiros. A medida tem efeito retroativo: vale para itens destinados ao consumo desde 13 de novembro.

Os principais produtos beneficiados são 

• Carne bovina, 
• Café verde e torrado, 
• Frutas como a manga, banana, laranja, açaí, cacau e abacaxi, 
• Especiarias como pimenta, gengibre, canela e cúrcuma, 
• Tubérculos como a mandioca,
• Fertilizantes como uréia, nitratos, potássicos e fosfatados.

Esses itens estavam sujeitos a tarifas de até 50%.

Um dos maiores efeitos destas medidas passadas foi a queda da metade das exportações de café aos EUA entre agosto e outubro. 

Apesar do avanço comercial, outros segmentos da economia como maquinaria, calçados, motores, móveis, produtos como café solúvel, pescados, e mel continuam no tarifaço.

Entenda a linha do tempo do tarifaço

• Abril: Trump impõe tarifa global de 10% para diversos países, incluindo o Brasil.
• Julho: criação da sobretaxa adicional de 40% específica para o Brasil; tarifas chegam a 50%.
• 14 de novembro: Casa Branca remove a tarifa global de 10%, mas mantém a sobretaxa ao Brasil.
• 20 de novembro: ordem executiva retira a sobretaxa de 40% para mais de 900 produtos brasileiros.

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