A deputada federal Fernanda Melchionna (PSOL-RS) apresentou um projeto de lei que busca impedir a aplicação da Lei Magnitsky no Brasil.
Batizada por ela de “PL da Soberania Financeira”, a proposta proíbe bancos e demais instituições financeiras de bloquearem, suspenderem ou restringirem contas com base em sanções de governos estrangeiros.
O projeto diz que “é nula, no território nacional, qualquer comunicação, bloqueio, restrição ou encerramento de conta” baseado em sanções de autoridades estrangeiras sem autorização de órgão brasileiro competente.
A medida valeria para bancos, corretoras e demais entidades reguladas pelo Banco Central e pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM).
Em publicação no X, Melchionna afirmou que a proposta é uma reação a “sucessivos ataques imperialistas dos Estados Unidos” e defendeu que “a soberania nacional não pode se submeter a imposições unilaterais de potências imperialistas nem à lógica de dependência ditada por pressões econômicas e geopolíticas”.
O líder do PT na Câmara, deputado Lindbergh Farias (PT-RJ), protocolou pedido para que o presidente do STF, Luís Roberto Barroso, proíba bancos brasileiros de aplicar as sanções contra Moraes.
Na segunda-feira (11), o partido Novo ingressou no STF para contestar o pedido. A legenda quer impedir que o tribunal obrigue bancos a manterem relações comerciais com Moraes caso estejam sujeitos a sanções internacionais.
O Novo também solicitou que Lindbergh Farias seja multado em R$100 mil por litigância de má-fé, alegando que ele usou o processo para fins ilegais.
Em nota, o partido afirmou que o deputado não tem autorização legal para defender terceiros sem consentimento e que o STF não pode julgar processos em favor de ministros da própria Corte.
"O que vemos aqui é o PT, mais uma vez, tentando usar o Judiciário como instrumento político, e colocando em risco todo o nosso sistema financeiro para proteger Alexandre de Moraes”.
A legislação leva o nome de Sergei Magnitsky, advogado russo que denunciou um esquema de corrupção envolvendo autoridades do Ministério do Interior da Rússia.
Preso em 2008, ele morreu na cadeia no ano seguinte em circunstâncias que geraram repercussão mundial.
Em 2012, os EUA aprovaram a Lei Magnitsky, autorizando sanções contra envolvidos em corrupção ou violações graves de direitos humanos.
Em 2016, foi criada
a versão global da lei, hoje utilizada para atingir alvos de qualquer nacionalidade.
Desde então, mais de 650 pessoas já foram sancionadas, entre ex-presidentes, líderes militares, empresários e autoridades, por práticas como:
O mecanismo ganhou destaque no Brasil após as medidas impostas recentemente por Washington contra o ministro Alexandre de Moraes, abrindo um novo capítulo no debate sobre soberania e efeitos de sanções internacionais.
Conheça, em apenas 20 minutos, a história e os bastidores da criação da Lei Magnitsky no canal da Brasil Paralelo.
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