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Atualidades
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Pesquisadores afirmam que Descoberta do Brasil não foi na Bahia

Para estudiosos da UFRN os cálculos apontam para a costa do Rio Grande no Norte.

Por
Redação Brasil Paralelo
Publicado em
27/11/2025 15:01
Site: Netcampos

22 de abril de 1500. Uma frota comandada por Pedro Álvares Cabral avista uma faixa de terra que nenhum europeu havia registrado antes. Os navios se aproximam, lançam âncora e os portugueses fazem seu primeiro contato com a terra que atualmente é conhecida como Porto Seguro, no estado da Bahia. É esse episódio, descrito na Carta de Caminha, que por séculos marcou o início da nossa história oficial.

No entanto, um novo estudo publicado no Journal of Navigation, da Universidade de Cambridge, levantou a dúvida sobre o local onde a expedição de Cabral avistou e alcançou o território que viria a se tornar o Brasil.

A pesquisa, assinada pelos físicos Carlos Chesman (UFRN) e Cláudio Furtado (UFPB), contesta a versão consolidada de que o primeiro desembarque ocorreu no sul da Bahia. Segundo os autores, os cálculos apontam para a costa do Rio Grande do Norte.

  • Se você é uma pessoa que ama História do Brasil e quer conhecer mais sobre esse tema, assista à série Brasil: A Última Cruzada e veja o maior resgate já feito da nossa história. 

Uma releitura dos fatos históricos

A hipótese foi construída a partir de uma releitura dos dados presentes na Carta de Pero Vaz de Caminha, o documento mais antigo sobre o Brasil, combinada com simulações de ventos, correntes marítimas, profundidades e análises de campo.

Os físicos consideram que o “grande monte, mui alto e redondo” descrito por Caminha poderia corresponder ao monte Serra Verde, em João Câmara (RN), e não ao Monte Pascoal.

Os pesquisadores estimam que Cabral e sua tripulação percorreram cerca de 4 mil quilômetros desde Cabo Verde até avistar terra firme, em 22 de abril de 1500.

Com base nas condições de navegação da época, a rota mais provável, segundo as simulações, apontaria para o litoral potiguar, entre as regiões atuais de Rio do Fogo e São Miguel do Gostoso.

A pesquisa sugere dois pontos de desembarque:

  • o primeiro na praia de Zumbi, em Rio do Fogo, onde a frota teria lançado âncora “à boca de um rio”;
  • o segundo, no dia seguinte, após ventos fortes que empurraram os navios ao norte, na praia do Marco, local conhecido por abrigar um marco português datado de 1501.

A investigação não começou do zero. Desde o século passado, estudiosos locais, como Luís da Câmara Cascudo, já defendiam que a costa do Rio Grande do Norte poderia ter sido o ponto de chegada da expedição.

Durante a pandemia, essa linha motivou o estudo de Chesman e Furtado.

Não é a primeira tentativa de revisar a rota de Cabral

Em 1975, o almirante Max Justo Guedes reconstituiu a navegação portuguesa e chegou à conclusão oposta: a descrição de Caminha corresponderia ao litoral baiano, considerando características das caravelas e informações adicionais de navegação.

Os autores afirmam que o objetivo não é substituir a versão oficial, mas reabrir o debate. A UFRN deve sediar, no próximo ano, um debate científico para apresentar os resultados à comunidade de historiadores.

Eles esperam que o tema volte a ser discutido com diferentes metodologias e áreas do conhecimento.

Para desenvolver a tese, os pesquisadores realizaram expedições no litoral potiguar e registraram imagens de montanhas avistadas a cerca de 30 quilômetros da costa, distância semelhante à descrita por Caminha.

As medições feitas no mar e no relevo da região mostram que o formato do monte Serra Verde é parecido com o “Monte Pascoal” descrito por Caminha na carta.

O debate agora retorna ao meio acadêmico, com a possibilidade de novas pesquisas revisarem, confirmarem ou descartarem a hipótese.

Para quem deseja entender melhor o contexto da chegada dos portugueses e as discussões que cercam os primeiros relatos sobre o Brasil, a Brasil Paralelo produziu a série Brasil: A Última Cruzada.

Assista ao primeiro episódio:

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