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O rei do futebol ganhou o título de doutor honoris causa pela Universidade de Edimburgo e pela Universidade Metropolitana de Santos.
Hoje, Pelé completaria 85 anos de idade. Muitos o conhecem como o maior jogador de futebol de todos os tempos. Poucos, porém, sabem da sua trajetória nos estudos.
Incentivado por sua mãe, Dona Celeste, o Rei iniciou o curso de Educação Física na Universidade Metropolitana de Santos (Unimes) e se formou em 1974, tornando-se um dos primeiros grandes atletas brasileiros com formação acadêmica completa.
Durante a faculdade, Pelé se destacou em disciplinas como Psicologia da Educação, além de praticar outras modalidades esportivas, como vôlei e basquete. Ele iniciou o curso no mesmo ano da Copa do Mundo de 1970, em que o Brasil foi campeão.
O craque conciliou os estudos com os jogos e anos mais tarde, viria a defender a importância disso para os jovens que sonham em se tornarem atletas.
Em entrevista ao Conselho Regional de Educação Física, em 2013, o craque ressaltou a importância dos estudos:
“Aqui no Brasil, o garoto vai para o futebol e para de estudar. Nos Estados Unidos, é o contrário. Temos excelentes meninos, mas eles precisam de base, precisam continuar os estudos.”
Em 2018, décadas após sua formatura, Pelé retornou à Unimes para receber o título de Doutor Honoris Causa, a mais alta honraria concedida por uma universidade.
A homenagem reconheceu não apenas o atleta, mas o homem que defendeu o valor do conhecimento e inspirou gerações com sua trajetória. Ao receber a comenda, ele afirmou:
“Tem de ter uma base, tem de estudar, porque a fama só não adianta. Esse é o grande valor desse título.”
O gesto simbolizou o reconhecimento de que a inteligência, a disciplina e a humildade foram tão importantes em sua vida quanto os 1.283 gols que marcou.
A mãe de Pelé, Dona Celeste, foi a grande motivadora de seus estudos. Desde a infância, ela acreditava que o talento do filho com a bola não bastava, era preciso ter educação e disciplina.
Foi por incentivo dela que o Rei do Futebol decidiu ingressar na universidade, mesmo já sendo o jogador mais famoso do mundo.
Graças à orientação firme e carinhosa da mãe, Pelé tornou-se um exemplo raro de atleta que valorizou o conhecimento tanto quanto as vitórias em campo.
Da mesma forma, Sonya Carson, mãe do futuro neurocirurgião Ben Carson, enfrentou pobreza e limitações educacionais, mas acreditava que o estudo era o caminho para libertar os filhos da miséria.
Ela os fazia ler livros e escrever relatórios mesmo sem saber ler, um ato de fé no poder transformador da educação.
Essa história real de fé, sacrifício e superação está retratada no filme Mãos Talentosas, disponível na Brasil Paralelo.
É uma obra inspiradora sobre o poder da educação, da disciplina e do amor materno, valores que moldam não apenas campeões, mas seres humanos extraordinários.
Assine e assista agora na Brasil Paralelo.
Pelé acumulou feitos que nenhum outro atleta alcançou. Foi tricampeão mundial com a Seleção Brasileira (1958, 1962 e 1970), o único jogador da história a conquistar três Copas do Mundo, e colecionou dezenas de troféus com o Santos Futebol Clube, entre eles, duas Libertadores da América e duas Copas Intercontinentais.
Ao longo da carreira, somou mais de 1.280 gols, recebeu o título de Atleta do Século pelo Comitê Olímpico Internacional, foi eleito Melhor Jogador do Século pela FIFA e nomeado Embaixador da Boa Vontade da UNESCO.
Também foi reconhecido com ordens e homenagens em diversos países, como a Ordem do Mérito da FIFA, a Ordem Olímpica e o título de Cidadão do Mundo pela ONU.
