O partido de Mauricio Macri, tradicional força na capital, amargou um terceiro lugar inédito em quase duas décadas. Com 30,1% dos votos, a lista encabeçada pelo porta-voz presidencial, Manuel Adorni, superou o peronismo e, notavelmente, o PRO.
A eleição na capital argentina renovou 30 das 60 cadeiras da Legislatura local. Foi marcada por uma baixa participação eleitoral, com apenas 53% dos eleitores comparecendo às urnas.
O La Libertad Avanza (LLA), com Manuel Adorni à frente, conquistou o primeiro lugar com 30,1% dos votos. O peronismo (Unión por la Patria), liderado por Leandro Santoro, ficou em segundo, com 27,3%.
O PRO, cuja lista era encabeçada por Silvia Lospennato, obteve apenas 15,9%, uma queda significativa em seu tradicional reduto eleitoral. Com o resultado, o LLA praticamente duplicou sua votação em CABA em relação a 2023 (de 13% para 30%).
A nova composição da Legislatura portenha deverá ter o peronismo com 20 cadeiras, seguido pelo LLA com 13 e o PRO com 10.
O porta-voz presidencial e candidato mais votado, Manuel Adorni, celebrou a vitória. Afirmou ser uma escolha pelo "modelo da liberdade" contra o "kirchnerismo e o pobrismo".
O presidente Javier Milei também comemorou. Declarou que o resultado "pintou de violeta o bastião amarelo" do PRO, em referência às cores dos partidos. A vitória consolida a figura de Milei como o principal líder da direita argentina. Ao mesmo tempo, enfraquece o PRO, seu ex-aliado.
A campanha eleitoral em Buenos Aires foi marcada por tensões. O PRO chegou a denunciar o uso de vídeos falsos atribuídos aos libertários. O próprio Milei fez críticas diretas a Macri durante o período.
Geograficamente, o LLA venceu em 14 das 15 comunas (distritos) da cidade, com destaque para a região norte. O peronismo manteve sua força no sul da capital. Analistas veem esta eleição como um importante termômetro para as eleições nacionais de outubro de 2025.
O resultado fortalece a LLA e sinaliza a ambição de Milei de expandir sua influência por todo o país.
A ascensão de novas forças políticas e a reconfiguração de alianças tradicionais são fenômenos que desafiam análises e indicam transformações profundas na sociedade.
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