A direita brasileira voltou às ruas neste domingo (29), reunindo suas principais vozes em um ato na Avenida Paulista, em São Paulo. O tema do ato era “Justiça já”. 

O ato foi organizado pelo pastor Silas Malafaia e os senadores Magno Malta (PL-ES) e Marcos Rogério (PL-RO) e Flávio Bolsonaro (PL-RJ).  

De acordo com levantamento do Poder360, 16,4 mil manifestantes estiveram presentes. Já o Monitor do Debate Político do Cebrap, em parceria com a ONG More In Common, estimou a participação de 12,4 mil pessoas.

Em discurso, o ex-presidente Jair Bolsonaro afirmou que não está sendo apenas perseguido politicamente. Segundo ele, há uma tentativa de “eliminação”.

“Tenho certeza de que o objetivo final não é apenas me prender, é me eliminar, Logicamente, não quero ser preso nem morrer, mas não posso fugir da minha responsabilidade, da verdade, da minha palavra com vocês.”

A declaração ocorre em meio ao processo que corre no Supremo Tribunal Federal (STF).  Bolsonaro e oito aliados são investigados por tentativa de golpe de Estado, organização criminosa e tentativa de abolir o estado democrático de direito.

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O ex-presidente falou sobre as eleições de 2026

Bolsonaro pediu que seus apoiadores trabalhassem para conquistar maioria no Congresso Nacional em 2026.

“Se vocês me derem 50% da Câmara e do Senado, com Republicanos, PSD, PP, PL, União Brasil, o destino do Brasil estará em nossas mãos. Com essa maioria, elegeremos os presidentes da Câmara, do Senado, do Congresso e controlaremos as comissões mais importantes.”

Segundo ele, a estratégia garantiria poder político mesmo fora da Presidência.

“Nem preciso ser presidente da República. Com o Congresso nas nossas mãos, podemos mudar o Brasil”, afirmou.

Bolsonaro negou que os presentes no ato de 8 de janeiro estivessem tentando dar um golpe de Estado.

“Golpe se dá com Forças Armadas, com armamento, com núcleo político e apoio externo. O que vimos foi idosos, mulheres e crianças com Bíblia debaixo do braço.”

Ouça o discurso completo

Quem participou do ato?

A manifestação teve a presença de parlamentares da direita e governadores aliados. Participaram do ato:

• Tarcísio de Freitas (Republicanos-SP), Romeu Zema (NOVO-MG), Jorginho Mello (PL-SC) e Cláudio Castro (PL-RJ);
  
  
• Michelle Bolsonaro, presidente do PL mulher.;
  
  
• Flávio Bolsonaro (PL-RJ), Magno Malta (PL-ES), Rogério Marinho (PL-RN), Jorge Seif (PL-SC) e Carlos Portinho(PL-RJ);
  
  
• Deputados como Bia Kicis (PL-DF), Gustavo Gayer (PL-GO), Sóstenes Cavalcante (PL-RJ), Luciano Zucco (PL-RS), André Fernandes (PL-CE), Carol De Toni (PL-SC), Mário Frias (PL-RJ), Marco Feliciano (PL-SP).

O ato também pediu anistia para os presos do 8 de Janeiro e criticou o ministro Alexandre de Moraes.

Diante de apoiadores vestidos de verde e amarelo, bandeiras do Brasil e gritos contra o STF, o ex-presidente finalizou pedindo que os poderes que pacifiquem o país.

“Apelo aos três Poderes da República: sentem, conversem, pacifiquem o Brasil.”