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Ocorreu confusão. A Secretaria de Administração Penitenciária (Seap) precisou usar grades para conter os fãs, que tentavam se aproximar do presídio.
Fogos foram disparados e pessoas passaram mal durante o empurra-empurra. A Polícia Militar precisou usar spray de pimenta para conter a multidão.
Enquanto deixava o local, Poze do Rodo subiu no teto solar, tirou e começou a tirar a camisa em comemoração.
MC Poze do Rodo para fora do teto solar girando a camisa. Imagem: Victor Chapetta.
Desembargador disse que polícia deveria investigar líderes de facção e não o MC
A prisão temporária de Poze foi substituída por uma série de medidas cautelares:
ele terá que comparecer à Justiça todos os meses;
terá que entregar seu passaporte;
não poderá sair da Comarca (região onde reside e responde ao processo);
deverá manter a Justiça informada de seu telefone para contato imediato;
não poderá mudar de endereço sem comunicar previamente e
está proibido de se comunicar pessoas investigadas no mesmo inquérito, testemunhas ou indivíduos ligados ao Comando Vermelho.
Em sua decisão, o desembargador afirmou que a polícia deveria estar tentando prender as lideranças do Comando Vermelho (CV) e não o MC:
"O alvo da prisão não deve ser o mais fraco – o paciente, e sim os comandantes de facção temerosa, abusada e violenta, que corrompe, mata, rouba, pratica o tráfico, além de outros tipos penais em prejuízo das pessoas e da sociedade."
O magistrado também ressaltou que a liberdade de expressão é um direito fundamental e que outros artistas com músicas semelhantes não foram presos:
"...outros cantores se encontram em semelhante atuação artística e, no entanto, não foram, pelo que se sabe, objeto de investigação".
Ele considerou a prisão temporária de Poze excessiva, argumentando que o material coletado pela polícia na casa do funkeiro seria suficiente para a continuidade das investigações.
O desembargador ainda destacou que o artista foi "algemado e tratado de forma desproporcional, com ampla exposição midiática".
As acusações contra MC Poze:
A prisão de Poze do Rodo foi realizada pela Delegacia de Repressão a Entorpecentes (DRE) da Polícia Civil do Rio.
A investigação aponta que o cantor realizava shows com frequência em áreas dominadas pelo Comando Vermelho, com a presença de traficantes armados.
As letras de suas músicas também motivaram a prisão. Poze do Rodo costuma mencionar armas e drogas, além de elogiar a facção e xingar a grupos rivais.
Entenda a evolução da música com o documentário da Brasil Paralelo A Primeira Arte. Assista ao primeiro episódio completo abaixo:
Esse tipo de questão foi considerada pelas autoridades como apologia ao crime e ao tráfico, configurando o que a polícia chama de "narcocultura".
Segundo a DRE, esses shows seriam organizados pela facção para ganhar dinheiro com venda de drogas:
"Esses eventos são estrategicamente utilizados pela facção para aumentar os lucros com a venda de entorpecentes, revertendo os recursos para a aquisição de mais drogas, armas de fogo e outros equipamentos necessários à prática de crimes".
A defesa do funkeiro, liderada pelo advogado Fernando Henrique Cardoso Neves, celebrou a decisão da Justiça, afirmando que ela "restabelece a liberdade e dá espaço a única presunção existente no direito: a de inocência".
A esposa de Poze, a influenciadora Viviane Noronha, também comemorou nas redes sociais: “Mc não é bandido! Liberdade cantou!”
No entanto, a própria Viviane Noronha também é alvo de uma investigação policial. Nesta terça-feira (3), ela foi um dos alvos de mandados de busca e apreensão em uma operação que mira o núcleo financeiro do CV.
A polícia investiga se a empresa de Viviane estaria sendo usada para lavar dinheiro do tráfico, recebendo recursos da facção através de intermediários.
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