Um novo estudo realizado nos Estados Unidos indica que mais de uma em cada 20 mulheres precisou passar por um segundo aborto após a falha da pílula abortiva mifepristona.
A pesquisa, conduzida pelo Centro de Ética e Políticas Públicas (EPPC), analisou dados de mais de 865 mil procedimentos realizados entre 2017 e 2023.
Segundo os dados, 45.498 mulheres tiveram que repetir o aborto em até 45 dias após o primeiro uso do medicamento. Destas, mais da metade recorreu ao procedimento cirúrgico. O restante passou por uma nova rodada de medicamentos ou combinação de métodos.
Os autores do estudo alertam que a mifepristona, utilizada hoje em grande escala nos Estados Unidos, apresenta riscos subnotificados.
Os índices de complicações encontrados são até 22 vezes maiores que os divulgados pela FDA (a agência reguladora norte-americana), responsável pela liberação do medicamento.
Outro levantamento, encomendado pela Fundação para a Restauração da América, aponta que 11,2% das mulheres que tomaram a pílula em 2023 enfrentaram “eventos adversos graves”.
Entre os problemas relatados estão hemorragias, necessidade de transfusões, atendimentos de emergência e até casos de sepse.
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