This is some text inside of a div block.
3
min de leitura

Heading

Lorem ipsum dolor sit amet, consectetur adipiscing elit. Suspendisse varius enim in eros elementum tristique. Duis cursus, mi quis viverra ornare, eros dolor interdum nulla, ut commodo diam libero vitae erat. Aenean faucibus nibh et justo cursus id rutrum lorem imperdiet. Nunc ut sem vitae risus tristique posuere.

Por
This is some text inside of a div block.
Publicado em
This is some text inside of a div block.
This is some text inside of a div block.
Atualidades
3
min de leitura

Luciano Huck critica megaoperação no RJ e Luiz Bacci responde: “o povo não aguenta mais gente defendendo bandido.”

Apresentador da Globo fez um discurso ao vivo sobre os 121 mortos na ação policial.

Por
Redação Brasil Paralelo
Publicado em
3/11/2025 16:04
Metróples

Parecia ser mais um domingo comum na Globo, com o Dança dos Famosos encerrando a noite antes do Fantástico.

Até que, nos minutos finais do programa, Luciano Huck interrompeu o clima de entretenimento para comentar a megaoperação no Rio de Janeiro, que deixou 121 mortos nos complexos da Penha e do Alemão.

Na mesma noite, o comentário de Huck provocou reação do jornalista Luiz Bacci que criticou a fala e afirmou que “não vai romantizar o crime”.

O apresentador da Globo abriu o discurso dizendo que não poderia encerrar o programa sem falar sobre a operação que dominou o noticiário da semana.

Lembrou que, embora seja paulista, vive há 25 anos no Rio de Janeiro, cidade onde criou os filhos e que, de acordo com ele, continua refém do mesmo modelo de segurança pública.

“É uma tristeza ver o mesmo modelo se repetir há décadas sem nenhum resultado”, afirmou o apresentador.

Ao mencionar os 121 mortos nos complexos da Penha e do Alemão, Huck afirmou que, “por trás desse número, há 120 mães que enterraram seus filhos”.

O apresentador reconheceu a necessidade do combate ao tráfico e às milícias, mas cobrou ações de longo prazo e coordenação entre os governos municipal, estadual e federal.

“É preciso sufocar a parte financeira das organizações criminosas e valorizar a polícia e o policial. Mas é preciso mais do que isso: gerar oportunidade, abrir caminhos, mostrar que existem outros futuros possíveis.”

Além disso, afirmou que a violência urbana é hoje “a maior dor do Brasil” e citou exemplos de cidades que conseguiram reverter o quadro, como Medellín, na Colômbia, e Nova York, nos Estados Unidos.

“Elas já foram conhecidas pela violência e hoje são cidades seguras e visitadas no mundo todo.”

No fim, ele se voltou aos familiares dos policiais mortos na operação:

“Olho no olho com as famílias dos policiais mortos. Eu acredito na boa polícia, formada por profissionais bem treinados, respeitados pela corporação e pela população.”
  • Quer receber outras notícias como essa diretamente em seu E-mail, todos os dias e de graça? Assine o Resumo BP, a newsletter de jornalismo da Brasil Paralelo. Clique aqui e aproveite.

Luiz Bacci rebate: “Não vou romantizar o crime”

Logo após a repercussão do discurso, o apresentador Luiz Bacci, do Cidade Alerta, publicou vídeos e textos em suas redes sociais criticando a fala de Huck.

“Fiz um comentário na publicação do Huck e misteriosamente ele sumiu. Eu não vou romantizar o crime, não vou romantizar o sofrimento das mães desses traficantes. Prefiro ficar do lado das mães dos inocentes que choram até hoje por terem perdido os seus filhos nas mãos da facção”, afirmou.

Bacci contestou a ideia de que a operação deva ser vista como fracasso e defendeu o trabalho policial.

“Para que está feio, o povo não aguenta mais gente defendendo bandido. Essa narrativa ficou pro passado. Chega dessa conversinha.”

O jornalista também rebateu diretamente um dos trechos do discurso de Huck.

“Ele disse que é preciso combater o narcotráfico com força total. E combate como? Também com operação. Esse tipo de discurso serve para intimidar a polícia de entrar no morro.”

Por fim, Bacci criticou o apresentador da Globo de forma pessoal:

“É fácil falar da tua casa lá no alto do Joá, cercada de seguranças e blindados. Nunca pôs o pé numa favela para conhecer a realidade. Toda vez que você entrou, o tráfico sabia que ia ter gravação.”

O que foi a megaoperação no Rio de Janeiro?

A megaoperação realizada na última terça-feira (28) mobilizou cerca de 2.500 agentes das polícias Civil e Militar e cumpriu 160 mandados de prisão contra integrantes do Comando Vermelho (CV). O objetivo era conter o avanço da facção na zona norte da capital.

Durante a ação, houve resistência armada, explosões e até ataques com drones, que lançaram bombas contra os policiais. O saldo inicial divulgado pelo governo estadual foi de 64 mortos, entre eles quatro policiais.

De acordo com a Defensoria Pública do Rio, o número chegou a 132, com 128 civis e quatro agentes.

Moradores relataram tiroteios intensos e fuga de criminosos por rotas alternativas. Nas redes sociais, surgiram vídeos mostrando homens armados se preparando para o confronto horas antes do início da operação.

O saldo e as reações

Além das mortes, a operação deixou 12 policiais baleados, quatro deles mortos, e resultou em 81 prisões. A cidade viveu um dia de paralisia: escolas suspenderam aulas, comércios fecharam e ruas ficaram vazias.

O caso ainda está sob apuração. O governo estadual e o Ministério Público devem avaliar se houve falha no sigilo da operação ou simples previsibilidade diante da mobilização de tropas.

Por enquanto, o que se sabe é que a ação expôs novamente a complexidade do combate ao crime organizado no Rio de Janeiro, onde cada avanço da polícia traz, junto, novas perguntas sobre segurança, estratégia e controle.

Assista Rio de Janeiro: paraíso em chamas 

Para compreender a fundo esta realidade que atinge o Rio de Janeiro e explorar possíveis caminhos para sua solução, a Brasil Paralelo produziu o documentário Rio de Janeiro: Paraíso em Chamas.

Esta obra investiga o centro do problema, trazendo depoimentos e imagens inéditas das favelas mais desafiadoras do país.

Não se trata apenas de expor o problema, mas de buscar entendê-lo em sua complexidade e vislumbrar possíveis saídas para este labirinto de violência e corrupção.

Isso tudo estará no documentário Rio de Janeiro: Paraíso em Chamas. Tenha acesso a esse conteúdo por apenas R$ 7,90 mensais.

Quero assistir

Você também pode se interessar:

O jornalismo da Brasil Paralelo existe graças aos nossos membros

Como um veículo independente, não aceitamos dinheiro público. O que financia nossa estrutura são as assinaturas de cada pessoa que acredita em nossa causa. 

Quanto mais pessoas tivermos conosco nesta missão, mais longe iremos. Por isso, agradecemos o apoio de todos. 

Seja também um membro da Brasil Paralelo e nos ajude a expandir nosso jornalismo. 

Clique aqui.

Relacionadas

Todas

Exclusivo para membros

Ver mais