
Um tiro de fuzil desfigurou o rosto de uma das mulheres mais conhecidas do Comando Vermelho durante a megaoperação que paralisou o Rio de Janeiro nesta terça-feira (28).
Conhecida como “Japinha do CV” ou “Penélope”, ela era apontada como figura de confiança dos líderes locais do tráfico e atuava na linha de frente da facção.
De acordo com a polícia, Penélope resistiu à abordagem e abriu fogo contra os agentes, sendo atingida logo em seguida. O disparo esfacelou sua cabeça.
Ela vestia roupa camuflada e colete tático com compartimentos para carregadores de fuzil, sinal de que participava diretamente dos confrontos armados.
Seu corpo foi encontrado próximo a um dos acessos principais do Complexo do Alemão, após horas de tiroteio intenso nas comunidades da Penha, Grota, Fazendinha e Vila Cruzeiro.
Nas redes sociais, a jovem era chamada de “musa do crime”, por posar com armas e exibir rotina ligada ao tráfico.
Após a confirmação da morte, um texto publicado nos stories de seu perfil, escrito por sua irmã, pediu que as imagens do corpo não fossem compartilhadas:
“Irmã dela aqui, gente. Parem de postar foto da Penélope morta! Isso é muito triste para nós. Obrigado a todos que estão mandando mensagem de carinho e força.”

Antes disso, circulou um áudio atribuído à própria Japinha, no qual ela supostamente nega ter sido morta e ironiza as notícias. Poucas horas depois, a confirmação veio por familiares.
A morte de Penélope ocorreu durante a maior e mais letal operação policial da história do estado.
De acordo com o último balanço divulgado pelo governo do Rio de Janeiro, a ação deixou 64 mortos, quatro deles policiais, e 81 presos.
Na manhã desta quarta-feira (29), porém, a Defensoria Pública informou um número maior: 132 mortes ao todo, sendo 128 civis e quatro policiais.
A ação mobilizou 2,5 mil agentes das polícias Civil e Militar, além de unidades especiais, com o objetivo de conter o avanço territorial do Comando Vermelho e desarticular sua base logística.
Durante a madrugada, moradores relataram cenas de guerra: helicópteros sobrevoando as favelas, blindados avançando por vielas e o som ininterrupto de tiros e explosões até o amanhecer.
Apesar do cerco, parte dos criminosos conseguiu escapar por túneis e passagens camufladas entre casas e muros, um método que lembra a invasão ao Alemão em 2010.
A operação terminou com noventa fuzis apreendidos. O governo do Rio classificou a ação como “histórica” e afirmou que o objetivo é retomar o controle de territórios dominados pela facção
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