O vídeo do youtuber Felca sobre a adultização de crianças e adolescentes já soma mais de 31 milhões de visualizações no YouTube. A denúncia provocou uma reação em cadeia no Legislativo, levando à criação de projetos apelidados de “Lei Felca”.
A denúncia, publicada no dia 6 de agosto, expôs conteúdos presentes nas redes sociais que, segundo Felca, exploram sexualmente menores de idade.
A repercussão levou vereadores e deputados federais a apresentarem propostas de combate à sexualização e adultização infantil.
Adultização infantil é a atribuição precoce de comportamentos, falas ou vestimentas de conotação sexual a crianças e adolescentes.
No mesmo dia da denúncia, a Câmara dos Deputados recebeu sete projetos de lei sobre o tema. O presidente da Casa, Hugo Motta (Republicanos-PB), afirmou que pretende acelerar a votação das propostas mais atualizadas ainda nesta semana.
Entre os Projetos de Leis apresentados estão:
Entenda, em apenas 15 minutos, a denúncia do influenciador digital que expôs uma rede de exploração e adultização infantil. Assista agora no canal da Brasil Paralelo.
Antes mesmo do vídeo viral, já tramitavam na Câmara 45 propostas sobre a proteção de menores na internet, incluindo filtros de conteúdo, verificação etária e responsabilização das plataformas.
Desse total, 18 criminalizam práticas específicas online envolvendo menores ou aumentam penas, 15 estabelecem obrigações para remoção de conteúdo e oferta de filtros, e outros 17 preveem medidas para que pais e responsáveis monitorem o acesso dos jovens. Oito propostas buscam limitar a atuação de crianças como influenciadoras ou em publicidade digital, e dez tratam de iniciativas educativas.
Entre as propostas em tramitação, estão:
Na capital mato-grossense, os vereadores Rafael Ranalli (PL) e Tenente Coronel Dias (Cidadania) protocolaram, nesta segunda-feira (11), dois textos batizados de Lei Felca.
Proposta de Ranalli:
Proposta de Dias
A Assembleia Legislativa do Ceará também passou a discutir uma proposta inspirada na denúncia de Felca.
O texto foi protocolado na segunda-feira (11) e deve iniciar a tramitação nesta terça-feira (12).
Batizado de Lei Felca, o projeto proíbe a adultização de crianças e adolescentes nas redes sociais e cria a Frente de Enfrentamento Legal à Adultização de Crianças e Adolescentes, caso seja aprovado no plenário.
Na última sexta-feira, o youtuber Felca publicou um vídeo que esteve entre os principais assuntos comentados na internet nos últimos dias. Ele denunciava um esquema sistemático de sexualização e “adultização” de crianças e adolescentes nas redes sociais.
As críticas se concentram nos conteúdos do influenciador Hytalo Santos, que tinha mais de 17 milhões de seguidores.
Segundo Felca, vídeos do canal de Hytalo mostram menores em situações de conotação sexual, como danças sensuais e festas com adultos. As cenas incluem adolescentes deitados juntos sob um cobertor, filmadas por um adulto.
O caso mais grave, conforme Felca, envolve Kamylinha, que ingressou na “Turma do Hytalo” aos 12 anos e passou a produzir conteúdo sugestivo ao longo do tempo, incluindo apresentações para plateias adultas.
Assista ao vídeo completo:
Ele também denunciou o algoritmo das plataformas: ao criar uma conta nova no Instagram, em poucos minutos, o sistema recomenda conteúdos com crianças em contextos sugestivos.
Nos comentários, pedófilos usam códigos como “trade” para negociar material de abuso infantil, com links para grupos no Telegram, transformando perfis infantis em pontos de encontro para criminosos.
O vídeo gerou repercussão, com menções de Nikolas Ferreira e Felipe Neto. Isso levou a investigações do Ministério Público e Conselho Tutelar contra Hytalo, além da remoção judicial das redes de Kamylinha.
Felca defende mudanças estruturais nos algoritmos, fiscalização rigorosa e punição à exploração online, afirmando que “a internet deve ser um lugar de medo para esses pedófilos”.
As declarações dos deputados sobre regulamentação ganharam força após a denúncia de Felca. Com o tema em evidência, a proposta volta ao centro do debate político e reforça uma pauta já defendida por integrantes do governo, inclusive pelo Presidente da República.
Com a necessidade de proteger crianças e adolescentes no ambiente digital, parlamentares voltam a discutir a regulamentação das redes sociais. A dúvida que permanece é onde traçar a linha entre proteção e censura.
A participação de Vitória Reis e Victoria Marconi no podcast da Brasil Paralelo alerta para as diferentes formas de abuso e como proteger as crianças.
Além disso, outros temas relevantes são abordados na conversa, ajudando os pais a se manterem atentos e vigilantes quanto à segurança dos filhos.
O episódio completo está disponível no canal da Brasil Paralelo no YouTube.
Como um veículo independente, não aceitamos dinheiro público. O que financia nossa estrutura são as assinaturas de cada pessoa que acredita em nossa causa.
Quanto mais pessoas tivermos conosco nesta missão, mais longe iremos. Por isso, agradecemos o apoio de todos.
Seja também um membro da Brasil Paralelo e nos ajude a expandir nosso jornalismo.
Cupom aplicado 37% OFF
Cupom aplicado 62% OFF
MAIOR DESCONTO
Cupom aplicado 54% OFF
Assine e tenha 12 meses de acesso a todo o catálogo e aos próximos lançamentos da BP