Em vídeo divulgado nas redes sociais, o ex-ministro da Casa Civil José Dirceu voltou a defender o regime venezuelano e criticou a oposição liderada por María Corina Machado, vencedora do Prêmio Nobel da Paz de 2025.
Durante o lançamento do livro Construindo a Comuna, publicado pela editora Autonomia Literária, Dirceu chamou Machado de “extrema direita” e afirmou que ela “defende a intervenção militar na Venezuela”.
Segundo o petista, a atual crise no país é resultado de uma “agressão norte-americana injustificável”, motivada por interesses econômicos. “O que o Trump quer mesmo é o petróleo da Venezuela. Essa história de democracia é para enganar a opinião pública mundial”, declarou. Veja o momento da fala:
Dirceu também mencionou que o Brasil, “pela sua Constituição, tem obrigação de defender a não intervenção e a solução pacífica dos conflitos. Hoje é com a Venezuela; amanhã pode ser com qualquer país da América Latina, inclusive o Brasil”, disse o ex-ministro.
O discurso encerra com um apelo contra o que chamou de “intervenção imperialista” e o lema: “Tirem as mãos da Venezuela.”
Enquanto Dirceu criticava o prêmio, María Corina Machado falava de um esconderijo secreto em Caracas. “Enquanto Maduro estiver no poder, não posso deixar o lugar onde me escondo”, disse.
A líder opositora afirmou que só viajará a Oslo, na Noruega, para receber o Nobel da Paz quando o ditador deixar o poder.
Vigiada e sob ameaça, Corina vive há meses em local não revelado. “Há ameaças diretas contra minha vida. Aprendi a viver o dia a dia, e o povo venezuelano está fazendo tudo o que pode por seu futuro”, contou em entrevista à imprensa norueguesa.
O Comitê Norueguês do Nobel justificou a escolha destacando sua “incansável luta pela defesa dos direitos democráticos do povo venezuelano e pela transição pacífica da ditadura para a democracia”. Corina se tornou a primeira venezuelana a receber o Nobel da Paz.
Engenheira, ex-deputada e cofundadora da ONG Súmate, María Corina é uma das vozes mais influentes da oposição a Nicolás Maduro. Inelegível, foi peça-chave na campanha de Edmundo González e denunciou fraudes nas eleições de 2025, o que resultou em protestos e em sua breve prisão.
“O conflito que enfrentamos é entre a ditadura e a democracia, entre um regime opressor e um povo que clama por liberdade”, declarou em 2014, durante visita ao Senado brasileiro.
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