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Internacional
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Estreito de Ormuz: Irã ameaça fechar passagem estratégica para o petróleo

Entenda como o Irã pode bloquear a passagem, os impactos na economia global e no Brasil.

Por
Redação Brasil Paralelo
Publicado em
23/6/2025 11:41
BBC International

Em retaliação ao ataque americano, o parlamento iraniano decidiu que o país vai fechar o Estreito de Ormuz. Cerca de 20% de todo o petróleo consumido no mundo passa pela região

A medida precisa do aval do líder supremo, Aiatolá Ali Khamenei, e pode fazer o preço do petróleo chegar a R$661 ou até R$716 por barril. Atualmente o valor é de R$417.

O aumento pode afetar toda a cadeia de combustíveis, causando uma crise global e inflação nos custos de transporte.

O Estreito de Ormuz: uma das regiões mais importantes da economia mundial

O Estreito de Ormuz é uma das rotas mais estratégicas e sensíveis do planeta

Ele conecta o Oceano Índico ao Golfo Pérsico, onde estão os grandes exportadores de petróleo como:

  • Arábia Saudita, 
  • Irã, 
  • Emirados Árabes Unidos, 
  • Kuwait e 
  • Iraque. 

É uma via estreita, com apenas 33 km de largura em seu ponto mais restrito, e seus canais de navegação têm somente 3 km em cada direção

Todos os dias entre 17 milhões e 21 milhões de barris de petróleo bruto, além de gás natural liquefeito (GNL) do Catar, atravessam a região.

Como o Irã poderia fechar o estreito? 

Embora parte do estreito esteja sob jurisdição do Irã e de Omã, a faixa por onde passam os navios comerciais é considerada águas internacionais, segundo o direito marítimo da ONU

Isso impediria o Irã de bloqueá-lo legalmente, na prática a geografia e o poderio militar iraniano poderiam impedir a passagem de embarcações.

O regime dos aiatolás poderia usar uma série de armamentos para impedir a passagem de embarcações da região, como:

  • Minas navais: pequenas, silenciosas e difíceis de detectar, podem ser lançadas por submarinos, navios ou até helicópteros em pontos-chave. Esses equipamentos poderiam tornar a navegação na região extremamente arriscada para qualquer navio petroleiro.
  • Mísseis antinavio: o Irã mantém baterias móveis de mísseis antinavio (modelos Noor e Khalij Fars) ao longo da costa. Eles têm alcance suficiente para atingir embarcações em plena navegação e podem ser deslocados e escondidos facilmente em topografia montanhosa.
  • Lanchas Rápidas e Drones Kamikazes: a Guarda Revolucionária Iraniana (IRGC) é famosa por sua frota de lanchas rápidas e drones kamikazes, capazes de cercar e até executar ataques coordenados em "estilo enxame", dificultando a defesa de navios comerciais e de guerra. 

Consequências do fechamento 

Desde o início do conflito com Israel, o petróleo Brent (referência global) já subiu 11%, e o WTI (referência nos EUA) 12,4%.

Caso o Irã decida realmente fechar a passagem, a economia mundial poderá enfrentar um cenário caótico.

Navios desviariam rotas, os seguros marítimos disparariam, e os custos logísticos e de frete aumentariam.

Países como China, Índia, Japão e Coreia do Sul seriam os mais impactados, pois dependem do petróleo do Golfo Pérsico

A Europa também seria prejudicada por receber boa parte dos volumes de petróleo da região, através do Canal de Suez.

Consequências para o Brasil

Mesmo sendo exportador de petróleo, o país seria afetado. A alta do barril no mercado internacional pressionaria os preços do diesel e da gasolina nas refinarias da Petrobras, o que pode causar um aumento da inflação

EUA pedem ajuda à China para evitar crise

O Secretário de Estado americano, Marco Rubio, solicitou formalmente que Pequim incentive o Irã a não fechar o Estreito de Ormuz:

"Eu incentivo o governo chinês em Pequim a contatá-los sobre isso, porque eles dependem fortemente do Estreito de Ormuz para seu petróleo."

O Secretário de Estado alertou que a medida seria destrutiva para Irã e não causaria tantos problemas para os EUA:

Se fizerem isso, será outro erro terrível. É suicídio econômico para eles se fizerem isso. E temos opções para lidar com isso, mas outros países também deveriam estar considerando. Isso prejudicaria as economias de outros países muito mais do que a nossa.”

Trump,tem pressionado o Irã por um acordo nuclear para que a região possa voltar à estabilidade.

Para os EUA qualquer tentativa real de interdição do estreito por parte do Irã seria considerada um ato de guerra e provocaria uma resposta militar

Entenda a guerra de Israel

A guerra no oriente médio não se limita aos campos de batalha, ela também se desenrola no terreno das narrativas

Buscando entender o que está por trás dessa guerra, a Brasil Paralelo decidiu ir ao Oriente Médio e ouvir diretamente as pessoas que estão envolvidas.

O resultado dessa investigação é o documentário From the River to the Sea. A produção oferece uma visão ampla, humana e direta do que está em jogo no conflito.

Entenda, pela voz dos próprios envolvidos, o que realmente está acontecendo na região.

Assista agora e entenda

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