Em retaliação ao ataque americano, o parlamento iraniano decidiu que o país vai fechar o Estreito de Ormuz. Cerca de 20% de todo o petróleo consumido no mundo passa pela região.
A medida precisa do aval do líder supremo, Aiatolá Ali Khamenei, e pode fazer o preço do petróleo chegar a R$661 ou até R$716 por barril. Atualmente o valor é de R$417.
O aumento pode afetar toda a cadeia de combustíveis, causando uma crise global e inflação nos custos de transporte.
O Estreito de Ormuz é uma das rotas mais estratégicas e sensíveis do planeta.
Ele conecta o Oceano Índico ao Golfo Pérsico, onde estão os grandes exportadores de petróleo como:
É uma via estreita, com apenas 33 km de largura em seu ponto mais restrito, e seus canais de navegação têm somente 3 km em cada direção.
Todos os dias entre 17 milhões e 21 milhões de barris de petróleo bruto, além de gás natural liquefeito (GNL) do Catar, atravessam a região.
Embora parte do estreito esteja sob jurisdição do Irã e de Omã, a faixa por onde passam os navios comerciais é considerada águas internacionais, segundo o direito marítimo da ONU.
Isso impediria o Irã de bloqueá-lo legalmente, na prática a geografia e o poderio militar iraniano poderiam impedir a passagem de embarcações.
O regime dos aiatolás poderia usar uma série de armamentos para impedir a passagem de embarcações da região, como:
Desde o início do conflito com Israel, o petróleo Brent (referência global) já subiu 11%, e o WTI (referência nos EUA) 12,4%.
Caso o Irã decida realmente fechar a passagem, a economia mundial poderá enfrentar um cenário caótico.
Navios desviariam rotas, os seguros marítimos disparariam, e os custos logísticos e de frete aumentariam.
Países como China, Índia, Japão e Coreia do Sul seriam os mais impactados, pois dependem do petróleo do Golfo Pérsico.
A Europa também seria prejudicada por receber boa parte dos volumes de petróleo da região, através do Canal de Suez.
Mesmo sendo exportador de petróleo, o país seria afetado. A alta do barril no mercado internacional pressionaria os preços do diesel e da gasolina nas refinarias da Petrobras, o que pode causar um aumento da inflação.
O Secretário de Estado americano, Marco Rubio, solicitou formalmente que Pequim incentive o Irã a não fechar o Estreito de Ormuz:
"Eu incentivo o governo chinês em Pequim a contatá-los sobre isso, porque eles dependem fortemente do Estreito de Ormuz para seu petróleo."
O Secretário de Estado alertou que a medida seria destrutiva para Irã e não causaria tantos problemas para os EUA:
“Se fizerem isso, será outro erro terrível. É suicídio econômico para eles se fizerem isso. E temos opções para lidar com isso, mas outros países também deveriam estar considerando. Isso prejudicaria as economias de outros países muito mais do que a nossa.”
Trump,tem pressionado o Irã por um acordo nuclear para que a região possa voltar à estabilidade.
Para os EUA qualquer tentativa real de interdição do estreito por parte do Irã seria considerada um ato de guerra e provocaria uma resposta militar.
Como um veículo independente, não aceitamos dinheiro público. O que financia nossa estrutura são as assinaturas de cada pessoa que acredita em nossa causa.
Quanto mais pessoas tivermos conosco nesta missão, mais longe iremos. Por isso, agradecemos o apoio de todos.
Seja também um membro da Brasil Paralelo e nos ajude a expandir nosso jornalismo.
Cupom aplicado 37% OFF
Cupom aplicado 62% OFF
MAIOR DESCONTO
Cupom aplicado 54% OFF
Assine e tenha 12 meses de acesso a todo o catálogo e aos próximos lançamentos da BP