O jornalista Glenn Greenwald afirmou que o julgamento de Bolsonaro começa sem credibilidade.
Isso porque o processo será analisado pela Primeira Turma do STF e não vai ao plenário, onde todos os ministros votariam.
“O veredito, aconteça o que acontecer, será questionado e ficará sem credibilidade desde o começo, porque, em vez de levar ao Supremo inteiro, decidiram dar a metade do Supremo.”
A primeira turma da Corte é composta por cinco ministros:
Glenn destaca que ao menos dois desses ministros foram indicados pelo atual presidente:
“Essa metade, que decidirá se Bolsonaro é culpado e vai para a prisão, é composta por um juiz que é o advogado pessoal de longa data de Lula, que o colocou na Corte (Cristiano Zanin). Depois há o amigo e aliado político de longa data de Lula, seu ex-ministro da Justiça, que também foi para a Corte (Flávio Dino)”.
Advogado formado em Nova York, ele trocou a carreira no Direito pelo jornalismo, primeiro como blogueiro, depois como colunista do The Guardian.
Foi ali que se tornou conhecido mundialmente ao revelar, junto com Edward Snowden, o sistema de vigilância em massa da NSA.
A série rendeu ao The Guardian o Prêmio Pulitzer em 2014 e a Glenn o Prêmio Esso de Reportagem Investigativa no Brasil.
Glenn Greenwald é um dos fundadores do The Intercept, mas deixou o jornal afirmando que tentaram impedir uma coluna crítica à gestão Biden em 2020.
No Brasil, Greenwald publicou conversas atribuídas a integrantes da Lava Jato e ao então juiz Sérgio Moro em 2019.
Mais recentemente, Glenn divulgou conversas do ex-assessor de Moraes no TSE, Eduardo Tagliaferro, em sua coluna da Folha de São Paulo.
Um dos áudio mostra o assessor de Moraes Airton Vieira pedindo para que Taliaferro alterasse o texto para “satisfazer” o ministro.
Durante uma troca de mensagens em dezembro de 2022, o assessor Airton Vieira pediu que Taliaferro "usasse a sua criatividade” para acusar a Revista Oeste de Fake News.
No dia anterior, o funcionário do ministro disse que o objetivo era " levantar todas essas revistas golpistas para desmonetizar nas redes".
Glenn não apoia Bolsonaro e nem seus aliados, mas defende que a Justiça Brasileira está agindo de maneira parcial.
O jornalista se posiciona como um defensor da liberdade de expressão. Entenda mais sobre o assunto com uma entrevista com André Marsiglia para a Brasil Paralelo.
Assista à conversa completa abaixo:
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