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Educação
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Geração Nem-nem? Quase um quinto dos jovens brasileiros não estuda nem trabalha

Segundo dados do IBGE, 19% das pessoas entre 15 e 29 anos se encontram nesta situação.

Por
Redação Brasil Paralelo
Publicado em
5/7/2024 17:21
Imagem: Antônio Cruz - Agência Brasil - Geração Nem Nem

O índice de evasão escolar é uma das principais razões para que o número de  jovens que não se dedicam à formação intelectual nem à atuação no mercado de trabalho seja tão alto no Brasil. 

Estudiosos acreditam que a dificuldade em cumprir o Plano Nacional de Educação (PNE) seja um dos motivos para o abandono nos estudos. Entre os entrevistados, a maternidade e a busca pelo primeiro emprego estão no topo da lista.

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Imagem: Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Entre as metas do PNE que não estão sendo cumpridas constam o aumento do número de matrículas em cursos técnicos. O programa determina que 25% dos alunos matriculados nos cursos da Educação de Jovens e Adultos (EJA) devem também realizar algum curso profissionalizante, população entre 18 e 24 anos no ensino superior.

A implementação ineficiente do PNE impossibilita que muitos jovens tenham acesso à educação de qualidade, capaz de os preparar para o mercado de trabalho. Em consequência, não adquirem as habilidades necessárias para conseguir bons empregos. 

Contexto social também pode influenciar a situação

A situação é complexa e precisa da atenção de toda a sociedade. No livro  “Podres de Mimados, o psiquiatra Theodore Dalrymple defende que é preciso que a família ajude seus filhos a equilibrar o papel das emoções na vida. 

Argumenta que a nova geração se tornou incapaz de lidar com as dificuldades da vida devido à superproteção dos pais. Tal forma de criação teria impedido que essas pessoas desenvolvessem a resiliência necessária para enfrentar os desafios do mundo real. 

O médico defende que a situação se torna ainda mais complexa com o aumento do sentimentalismo exacerbado no mundo. Há uma deturpação da palavra “sentimental”

No século XVIII, um homem assim chamado era visto como compassivo, o oposto de um brutamontes insensível. Dalrymple também explica que essa conotação mudou no início do século XIX. 

O poeta Robert Southey teria sido precursor dessa mudança, uma vez que utilizava a palavra para zombar de Jean Jacques Rousseau, um dos pais da Revolução Francesa. Tal zombaria teria ajudado a transformar o termo em algo pejorativo.

Hoje em dia, essa mudança de significado estaria se refletindo no comportamento das pessoas. O psiquiatra argumenta que qualquer sentimento passou a precisar ser mostrado, seja ele adequado ao momento ou não. Segundo a teoria defendida no livro, uma pessoa não pode enfrentar um incômodo, tampouco ser repreendida sem expressar seu ponto de vista ou mesmo obter uma vantagem. Dalrymple exemplifica essa ideia com o caso do desaparecimento de Madeleine McCann em 2007, em Portugal. 

Madeleine era uma criança bonita e sorridente, o que ajudou a tornar seu desaparecimento um caso famoso. O psiquiatra critica a forma como os pais apelaram para o sentimentalismo do mundo, criando um site que foi visitado por milhões de pessoas nos primeiros meses. No site, pulseiras vendidas e camisetas com a mensagem "Procure Madeleine" eram vendidas. Ele questiona a utilidade prática dessas ações para encontrar a menina.

O sentimentalismo no mundo do trabalho

Como consequência da forma como foram educados muitos dos jovens que procuram trabalho estariam focados em ser validados publicamente ou em como se sentem em relação à tarefa em si. No mês de abril de 2024, uma mulher americana relatou com orgulho em uma rede social que ficou apenas 27 minutos em um emprego. 

Num vídeo compartilhado no Tiktok, o perfil Laugh Track afirma que não concordou com as tarefas que lhe foram atribuídas nem com a forma como a empresa se organiza. 

“Entrei no carro e disse a mim mesma que não voltaria ali. As pessoas eram legais, mas eram oito horas de trabalho”, alegou. 

A psicóloga Stella Palmieri afirmou em entrevista ao portal Brasil Paralelo que é importante considerar a idade ao analisar a situação. Argumenta que as circunstâncias de um jovem de 18 anos são diferentes das de uma pessoa de 29 anos. 

“No caso de um adolecente, acredito que tem a ver com imediatismo. No modelo de mundo deles as coisas acontecem sem esforço. Estão acostumados a ter tudo na mão, pois nasceram na era do smartphone”, explica. 

Explica também que ao passarem por etapas importantes do aprendizado tendo aulas online, pode ter minado a capacidade deles de entender que no mundo real as coisas demandam esforço. A situação seria mais grave pelo excesso de adoção do digital nas escolas. 

“Mães de pacientes se queixam com frequência que muitas atividades demandam o uso de celular, QR code. O ‘para casa’ não é mais copiado da lousa, mas colocado diretamente do ‘google classroom’. Creio que para os mais jovens isso impacta demais na percepção deles sobre recompensa”, afirma.  

Palmieri acredita que isso poderia explicar a razão pela qual poucos jovens dessa idade não permanecem em empregos por muito tempo. O foco é a recompensa, não a jornada em si. Logo, ter a iniciativa de procurar trabalho se torna mais difícil. Sobre os que já estão na fase da universidade, ela analisa que a necessidade de adquirir experiência para trabalhar pode atrapalhar a busca por emprego fixo. 

Palmieri destaca que mesmo que façam estágios, os alunos podem não ser adequadamente preparados para o mercado de trabalho. Isso seria um dos motivos que dificultaria a entrada no mercado de trabalho.

A responsabilidade por mudar a situação é de todos

A especialista pontua que o despreparo para a vida profissional e o suporte material concedido pela família são os principais motivos para que os filhos não desenvolvam responsabilidade. Stella Palmieri opina que os pais que não impõem responsabilidades aos filhos estão prejudicando sua jornada de amadurecimento. 

A pessoa pode acabar ficando acomodada, pois o que ganha não cobre gastos como moradia e alimentação básica, mas apenas os prazeres como viagens e diversão”, opina. 

O trabalho passaria então a ser apenas uma forma de financiar supérfluos. A pessoa não desenvolve interesse em amadurecer e se desenvolver. O foco passa a ser  apenas garantir o dinheiro que subsidie seus prazeres. Palmieri entende que sair de tal espiral demanda um esforço ainda maior por parte dessas pessoas. É preciso que elas passem a almejar ter independência.

Se ele deseja ser um adulto completo, é preciso entender que trabalhar e pagar as contas constitui a vida de um adulto. Outra coisa importante é criar se conscientizar de que o trabalho faz muito mais coisas para nós, além de dar o nosso salário”, relata. 

As análises de Palmieri e Dalrymple revelam a grande responsabilidade das famílias na vida dos filhos. No curso Travessia da Família, pais, mães e pessoas interessadas em contribuir com o resgate de bons valores sociais terão a chance de aprender como impedir que seus filhos se acomodem a ponto de não almejar uma vida adulta completa.

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