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Atualidades
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‘Eu já fui a festas, vi futuros presidentes assinarem coisas em festas, bêbados, cheirados e tudo’ denuncia autor e diretor de teatro brasileiro

Referência nacional, Gerald Thomas revela bastidores das políticas culturais no Brasil.

Por
Redação Brasil Paralelo
Publicado em
9/8/2023 15:10
Foto: Equipe Brasil Paralelo
“Eu acho que o Brasil é uma potência mundial, uma potência mundial dormente! Dezenas de artistas loucos para poder ter teatros, para poder ocupar um lugar, ensaiar, desenvolver trabalhos, ateliers, câmaras de música, lugares para poder desenvolver e não tem chance para isso. Tem artistas muito bons, muito bons, mas que não conseguem uma chance… é desesperador!” afirma Gerald Thomas, em entrevista à Brasil Paralelo.

O Brasil é uma grande potência cultural, mas peca na infraestrutura adequada para que esses artistas desenvolvam suas capacidades.

Gerald Thomas é autor e diretor de teatro, considerado um dos grandes renovadores da cena teatral brasileira nas décadas de 80 e 90. Criador de uma estética elaborada a partir do uso diferenciado de cada um dos recursos teatrais e orientada pelo conceito de "ópera seca".

Com produções no Brasil e na Europa, Thomas afirma que as leis de incentivo à cultura no Brasil são incapazes de ajudar todos os talentos que o país têm.

Em entrevista à Brasil Paralelo, Thomas revela bastidores chocantes das políticas culturais no Brasil:

“Como eu sou uma vaca velha, 40 anos de teatro, eu já presenciei coisas horrendas. Eu já fui a festas, vi futuros presidentes assinarem coisas em festas, bêbados, cheirados e tudo. Em casas de atrizes e produtoras, todo mundo bêbado e virado, é uma zona! Está impresso nas veias de certos círculos onde a alta sociedade se conecta com a política, e dali sai alguma coisa que eu não sei muito bem o que é. Chamam de arte”.

As leis de incentivo à cultura funcionam no Brasil?

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