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Em 2019, Júlia Castro era uma estudante de História na Universidade do Rio de Janeiro (Unirio) que escondia seus posicionamentos por medo de sofrer represálias de seus colegas.
A jovem assistia os professores fazerem propaganda contra o governo Bolsonaro e defenderem a utopia socialista em silêncio.
Júlia conta que tirava notas boas por apresentar trabalhos contrários às suas crenças pessoais para “seguir a cartilha”. Ela afirma que aqueles foram “momentos bem angustiantes”.
Em entrevista concedida à Revista Oeste, a jovem conta que “ficou na espiral do silêncio”, um fenômeno explicado pela pesquisadora especialista em opinião pública, Noelle-Neumann.
Espiral do silêncio
Para a pesquisadora, quando uma ideia começa a “fazer mais barulho” dentro de um determinado ambiente, a maioria das pessoas que pensam diferente se cala.
As ideologias de esquerda conseguiram se tornar dominantes nas universidades e criaram um ambiente de silêncio para quem pensa de forma diferente.
A Brasil Paralelo entrevistou professores, alunos e funcionários que sofrem com a perseguição nas universidades, para entender a real situação.
Assista abaixo o primeiro episódio da série Unitopia:
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O começo das perseguições
Júlia conta que havia um site de fofocas acompanhado por quase todos os estudantes da faculdade, onde pessoas podiam passar informações de forma anônima.
Alguém enviou a mensagem “como a Júlia Bolsonaro pode estudar na Unirio e apoiar esse homem?”. Depois disso, os alunos começaram a investigar quem seria a pessoa.
Um conhecido que estudava em outro lugar e teria problemas pessoais com Júlia viu a publicação. Então, comentou no perfil dela nas redes sociais com a mensagem “os seus dias estão contados”:
"Afirmaram que meus dias estavam contados, que não ia conseguir o diploma. Para estudar na federal agora o pré-requisito é ser de esquerda? Tenho que desistir da minha graduação porque eu decidi votar no Bolsonaro?”.
No mesmo dia, ela teria começado a receber ser xingada e até mesmo ameaçada de morte através de suas redes sociais.
Seus colegas de classe a removeram do grupo da sala, onde eram compartilhadas informações importantes da universidade.
Assustada com a reação de seus colegas, Júlia conversou com uma amiga da família que era advogada para processar as pessoas que a ameaçavam. A advogada recomendou que ela expusesse os ataques e ameaças nas redes sociais.
Medo de realizar atividades básicas na universidade
De volta à sala de aula acompanhada de seguranças, a jovem passou a receber “olhares tortos” e sofrer com confrontos diretos de alunos.
Tudo isso acontecia sob o olhar silencioso de professores que se mantinham omissos às ameaças e ataques contra Júlia.
Ela relata que tinha medo de fazer coisas básicas dentro do campus universitário por causa dessa situação:
"Tenho medo de agressão física, de não passar nas matérias, de ir ao banheiro. Acredito que a gente vive em um país livre. A democracia só existe porque existem ideias opostas, mas a esquerda colocou a ditadura do pensamento único. Se você pensa diferente, merece ser perseguido, injuriado e xingado".
Apesar disso, Júlia Castro conseguiu terminar o curso na universidade este ano. Ela agradeceupor todo apoio que recebido ao longo de sua trajetória em uma publicação no X:
A perseguição que sofri na faculdade por ser eleitora do Bolsonaro teve início aqui no tt, ameaças, xingamentos e tudo isso por eu não ser de esquerda. Mas dessa rede aqui também recebi muito apoio e motivação para persistir em meio ao caos. Mto obrigada, essa vitória é nossa!🇧🇷 pic.twitter.com/b2Q5xdI03D
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