A dívida pública global está em pleno crescimento e deverá atingir 100% do produto interno até 2030.
Um levantamento divulgado pelo Fundo Monetário Internacional (FMI) revela que a dívida chegará a 93% do PIB global até o final do ano e completará 100% até o final da década.
A perspectiva é ainda mais pessimista. Segundo o relatório oficial, os levantamentos do FMI tendem a projetar uma dívida inferior à realidade:
"Além disso, a experiência passada mostra que as projeções tendem a subestimar sistematicamente os níveis de dívida: as razões dívida/PIB realizadas três anos à frente são, em média, 6 pontos percentuais do PIB mais altas do que o projetado."
Apesar disso, o documento prevê que dois terços dos países conseguirão estabilizar ou até diminuir o tamanho de sua dívida no período. Mesmo assim, continuam com endividamento acima do que tinham no período de pandemia:
"Embora a dívida esteja projetada para se estabilizar ou diminuir em cerca de dois terços dos países, ela permanecerá bem acima dos níveis previstos antes da pandemia."
As nações mais ricas do mundo, responsáveis por dois terços do PIB, não conseguirão controlar seu endividamento:
"Os países onde a dívida não está projetada para se estabilizar representam mais da metade da dívida global e cerca de dois terços do PIB global."
EUA e China se destacam como os principais impulsionadores dessa dívida global. Ambos têm os governos mais endividados do mundo.
O documento também afirma que o cenário mundial parece fomentar a piora da situação, com guerras espalhadas ao redor do mundo, dificuldades para aumentar a taxação e outras questões:
"As pressões de gastos para abordar transições verdes, envelhecimento da população, preocupações de segurança e desafios de desenvolvimento de longa data estão aumentando."
Quando um Estado gasta mais do que consegue arrecadar, precisa pegar dinheiro emprestado para conseguir manter suas atividades.
Para isso, o governo recorre a investidores dispostos a comprar títulos da dívida em troca do pagamento com juros.
Quanto maior o risco da economia de um país, maiores os juros que o Estado deve pagar. Assim, atrai mais investidores.
Um Estado com uma dívida maior do que a arrecadação acaba tendo uma capacidade menor de atuação, além de enfrentar dificuldades para reagir a uma crise.
A dívida também pode afetar a vida cotidiana da população, já que tende a impactar a confiança de investidores internacionais e incentivar o Estado a aumentar a circulação de moeda.
Em ambos os casos, a moeda perde valor, o que afeta o poder de compra da população, ou seja, causa inflação.
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