Em agosto, Nicolás Maduro convocou as milícias chavistas para se prepararem em caso de uma eventual invasão americana.
A ordem veio em meio a uma escalada nas tensões com os EUA, que enviaram uma frota ao Caribe sob o argumento de combate ao narcotráfico.
Washington afirma que o ditador seria o líder de uma organização na alta cúpula do regime chavista chamada de Cartel de Los Soles.
Além disso, facções como o Tren de Aragua, foram classificadas pelo governo Trump como organização terrorista.
Desde o início de setembro, três embarcações vindas da Venezuela foram destruídas em ações atribuídas ao combate às drogas.
Entenda a tensão entre Venezuela e EUA com o especial da Brasil Paralelo. Assista completo abaixo:
Oficiais das forças venezuelanas estão indo às regiões mais pobres para cumprir a ordem de que "os quartéis vão para o povo".
Em bairros populares de Caracas, militares exibem tanques, fuzis AK-103 e painéis didáticos.
Eles usam alto-falantes para transmitir instruções básicas, como empunhadura, mira, manuseio e manutenção do rifle.
Um folheto intitulado “Método Tático de Resistência (MTRR)” ensina camuflagem e técnicas de sobrevivência.
Os voluntários formam filas para segurar o armamento e serem corrigidos por soldados sobre a forma como se portam com os fuzis.
Entre as pessoas que estão recebendo treinamento estão mulheres, idosos, jovens e até crianças que se prontificaram.
Francisco Ojeda é um voluntário que foi entrevistados pela BBC, o idoso de 69 anos falou sobre sua determinação em lutar pela Venezuela:
"Se eu tiver que morrer lutando, morrerei (...) Se eu tiver que dar minha vida, eu a deixarei aqui. Já aproveitei tudo o que tinha para aproveitar… Aqui até os gatos vão sair para atirar, para defender nossa pátria.”
Todas essas pessoas estão se alistando para fazer parte da Milícia Nacional Chavista, um corpo militar criado em 2009, durante o regime de Hugo Chávez.
Segundo Nicolás Maduro, essa força contaria com mais de 8,2 milhões de membros, contando com as reservas.
Além dessa milícia, a ditadura chavista conta com o apoio de grupos chamados de coletivos.
Essas organizações clandestinas controlam favelas através do poder de coerção armada. Os grupos também tocam projetos comunitários e apoiam políticas públicas locais.
Eles costumam agir encapuzados, usando moto e armas para intimidar e dispersar opositores do regime.
Parte dos coletivos são liderados por oficiais e são mobilizados diretamente por agências do governo, como por exemplo o Órgão da Defesa Integral do governo (ODDI), segundo a BBC.
Não existem dados confiáveis sobre quantas pessoas integram esses grupos, porém o professor da universidade de Nova Iorque, Alejandro Velasco, afirmou à Gazeta do Povo que as estimativas até 2019 variavam entre 5.000 e 7.500 membros.
Apesar da imprecisão sobre o tamanho dos coletivos, é certo que eles controlam grandes partes dos territórios urbanos na Venezuela.
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