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Atualidades
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Desnutrição e malária atingem mais de 1.000 indígenas resgatados em território Yanomami

Entenda o que está acontecendo com os índios yanomami

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Publicado em
27/1/2023 14:43

Passa de 1.000 o número de Yanomamis resgatados em Roraima com desnutrição e malária. A informação é do titular da Secretaria Especial de Saúde Indígena (Sesai), Weibe Tapeba. O Ministério da Saúde declarou emergência de saúde pública no território Yanomami e está construindo um hospital de campanha na capital do estado, Boa Vista.

Weibe Tapeba informou à imprensa que "o cenário é de guerra". O Governo Federal estuda a viabilidade de construir também um centro de atendimento emergencial na região de Surucucu.

São mais de 700 pacientes recebendo assistência na Casa de Apoio à Saúde Indígena (Casai) de Boa Vista.

De acordo com Tapeba, a invasão de garimpeiros às terras de Yanomamis foi o que gerou todo o problema na comunidade. Ele estima que a solução virá a partir da remoção de 20 mil exploradores de minérios da região. 

A ministra dos Povos Indígenas, Sônia Guajajara, confirmou que a Polícia Federal e o Ibama irão atuar na remoção dos garimpeiros ilegais. O Ministério da Defesa dará o  suporte.

O território dos Yanomami é dividido em duas regiões: a brasileira abriga 20 mil indígenas, que ocupam uma área equivalente ao estado de Pernambuco; a outra área, na Venezuela, abrange um território do tamanho do estado de Santa Catarina.

No início desta semana, o Ministério Público Federal (MPF) publicou uma nota confirmando que irá coibir as atividades ilegais de garimpo nas terras indígenas dos Yanomami e de outros povos, como Munduruku e Kayapó.

O MPF declarou ainda que irá fortalecer a atuação da Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai) e da Secretaria Especial de Saúde Indígena (Sesai).

O ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, determinou que a PF investigue se houve omissão de socorro e crime ambiental contra os Yanomami.

Deputados do PT acionaram o Ministério Público Federal pedindo a instauração de uma investigação criminal da gestão do governo Bolsonaro na região. 

Senadora da República e ex-ministra de Estado do governo Bolsonaro, Damares Alves é um dos alvos da petição.  

Ela escreveu em sua conta do Twitter:

"O Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos, com o apoio de outros órgãos,  entregou o Plano Nacional de Enfrentamento à Violência Contra Crianças, inclusive reconhecendo a desnutrição como uma das mais terríveis violências contra elas, propondo ações. O Plano passou a ser executado priorizando três áreas indígenas e uma delas é a área Yanomami. Sesai e Finai trabalharam muito no governo Bolsonaro; não houve omissão". 

A ex-ministra disse que o MMFDH esteve in loco inúmeras vezes para levantar informações. "No auge da pandemia, distribuímos cestas básicas".

Damares relatou que a desnutrição entre crianças indígenas foi agravada pelo isolamento imposto pela pandemia. Disse também que este se trata de um dilema histórico:

"Entre os anos 2007 e 2011, o Vale do Javari já tinha índices alarmantes", declarou.

Crise em comunidades indígenas foi alvo de CPI em 2007

A Câmara dos Deputados instaurou, em 2007, uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar "as causas, consequências e os responsáveis pela morte de crianças indígenas por subnutrição de 2005 a 2007".   

Presidida pelo então deputado Vital do Rêgo Filho, a Comissão contou com o apoio de 176 parlamentares e realizou 18 reuniões e diligências nos Estados do Mato Grosso do Sul, Maranhão, Acre e Tocantins.

A CPI apurou que havia nas regiões "um total sucateamento dos equipamentos médicos e dos veículos que atendem as comunidades".

"Em diversas localidades, funcionários são obrigados a cruzar os braços devido ao atraso no pagamento de seus salários, a exemplo do que acontece no Distrito Sanitário Yanomami. A situação é de uma gravidade sem precedentes e exige do poder público providências enérgicas para combater a fome, a desnutrição e as doenças causadas por parasitoses, por mosquitos e a intensificação das endemias e epidemias", denunciou o relatório.

A Comissão averiguou que:

"a Funasa foi morosa na implementação de projetos de saneamento e de construção de postos de saúde nas aldeias em todo o Brasil, bem como na perfuração de poços para assegurar água potável nas comunidades. A falta de água de qualidade nas comunidades indígenas é um desencadeador de doenças que poderiam ser facilmente evitadas". 

Povos indígenas não encontram apoio para se desenvolver .

ONGs e instituições ligadas ao governo nem sempre trabalham para o progresso dos povos indígenas brasileiros. 

Descaso com a saúde e desvios de recursos que seriam destinados para o auxílio dessas famílias carentes de recursos básicos geram ainda mais miséria. Em muitos casos, servem de propaganda para os filantropos arrecadarem mais recursos.

Esse assunto e diversos outros, como o infanticídio indigena, são abordados no documentário Cortina de Fumaça, da Brasil Paralelo

Também disponível no streaming da BP, o filme A Esperança se chama Liberdade traz relatos de indígenas sobre o quanto a sua miséria beneficia ONGs nacionais e internacionais.

A produção expõe problemas que paralisam  o desenvolvimento dos índios de diversas regiões do Brasil.

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