Como foi a reunião entre Castro e Moraes?
O governador Cláudio Castro se encontrou com o ministro Moraes no Centro Integrado de Comando e Controle (CICC), no Rio na segunda-feira (3).
A reunião começou tensa, se comenta. Moraes teria cobrado explicações sobre o possível descumprimento das normas fixadas pelo STF.
Castro respondeu com um relatório de 26 páginas, afirmando que a operação foi planejada com um ano de antecedência, respeitou todos os protocolos legais e utilizou força compatível com o nível de ameaça enfrentado pelos agentes.
No documento, o governador citou votos anteriores do próprio Moraes em que o ministro defendeu o uso de força letal em casos de combate ao tráfico e milícias no Rio.
Em fevereiro, Moraes defendeu o uso de armamento pesado em situações de alto risco.
Castro destacou que o uso da força foi proporcional, que a operação teve base em inteligência. O governador também ressaltou que houve transparência na coleta de provas.
Após a reunião, Moraes seguiu para um almoço reservado com Castro no Palácio Guanabara e depois se reuniu com representantes do Judiciário, do Ministério Público e da Defensoria Pública.
O que aconteceu no Rio?
A megaoperação realizada na última terça-feira (28) mobilizou cerca de 2.500 agentes das polícias Civil e Militar e cumpriu 160 mandados de prisão contra integrantes do Comando Vermelho (CV). O objetivo era conter o avanço da facção na zona norte da capital.
Durante a ação, houve resistência armada, explosões e até ataques com drones, que lançaram bombas contra os policiais. O saldo inicial divulgado pelo governo estadual foi de 121 mortos, entre eles quatro policiais.
De acordo com a Defensoria Pública do Rio, o número chegou a 132, com 128 suspeitos e quatro agentes.
Moradores relataram tiroteios intensos e fuga de criminosos por rotas alternativas. Nas redes sociais, surgiram vídeos mostrando homens armados se preparando para o confronto horas antes do início da operação.
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