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Claudio Castro defende megaoperação no Rio em reunião com Moraes

Relatório do Governador defende legalidade da ação e uso proporcional da força.

Por
Redação Brasil Paralelo
Publicado em
4/11/2025 12:38
Philippe Lima/Divulgação

O governo do Rio de Janeiro realizou uma megaoperação nos Complexos do Alemão e da Penha contra o Comando Vermelho na última semana de outubro. 

O saldo da megaoperação é de 121 mortos, sendo 117 suspeitos e 4 policiais, além de 113 presos e um arsenal de armas de guerra avaliado em R$5,3 milhões.

O impacto da ação levou o ministro Alexandre de Moraes a convocar uma série de reuniões no estado. 

Moraes é relator da ADPF 635, conhecida como “ADPF das Favelas”, que define regras para operações policiais em comunidades.

Como foi a reunião entre Castro e Moraes?

O governador Cláudio Castro se encontrou com o ministro Moraes no Centro Integrado de Comando e Controle (CICC), no Rio na segunda-feira (3). 

A reunião começou tensa, se comenta. Moraes teria cobrado explicações sobre o possível descumprimento das normas fixadas pelo STF.

Castro respondeu com um relatório de 26 páginas, afirmando que a operação foi planejada com um ano de antecedência, respeitou todos os protocolos legais e utilizou força compatível com o nível de ameaça enfrentado pelos agentes.

No documento, o governador citou votos anteriores do próprio Moraes em que o ministro defendeu o uso de força letal em casos de combate ao tráfico e milícias no Rio. 

Em fevereiro, Moraes defendeu o uso de armamento pesado em situações de alto risco.

Castro destacou que o uso da força foi proporcional, que a operação teve base em inteligência. O governador também ressaltou que houve transparência na coleta de provas.

Após a reunião, Moraes seguiu para um almoço reservado com Castro no Palácio Guanabara e depois se reuniu com representantes do Judiciário, do Ministério Público e da Defensoria Pública.

O que aconteceu no Rio?

A megaoperação realizada na última terça-feira (28) mobilizou cerca de 2.500 agentes das polícias Civil e Militar e cumpriu 160 mandados de prisão contra integrantes do Comando Vermelho (CV). O objetivo era conter o avanço da facção na zona norte da capital. 

Durante a ação, houve resistência armada, explosões e até ataques com drones, que  lançaram bombas contra os policiais. O saldo inicial divulgado pelo governo estadual foi de 121 mortos, entre eles quatro policiais.

De acordo com a Defensoria Pública do Rio, o número chegou a 132, com 128 suspeitos e quatro agentes.

Moradores relataram tiroteios intensos e fuga de criminosos por rotas alternativas. Nas redes sociais, surgiram vídeos mostrando homens armados se preparando para o confronto horas antes do início da operação.

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