Em meio às marchas militares, aos rumores de traição no Senado e às constantes notícias de fronteiras invadidas, Marco Aurélio escrevia. Não decretos nem ordens, mas pensamentos.
Refletia sozinho, em silêncio, nas madrugadas frias das campanhas militares ou nos raros instantes de trégua no Palatino. Suas palavras não visavam o público, destinavam-se a si mesmo. Por isso são tão verdadeiras.
Meditações é o diário interior de um dos últimos grandes imperadores de Roma. Mas, mais do que um documento histórico, é um testemunho filosófico.
Marco Aurélio não se dirige ao mundo exterior, mas ao “guia interior”, como chamava a parte mais nobre e racional da alma.
Em tempos de decadência, ele buscou não o consolo dos prazeres ou da retórica, mas a disciplina, a ordem e a serenidade. E é isso que oferece a quem o lê ou o ouve.
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