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História
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Anticomunismo: conheça a história da luta contra o marxismo

Conheça a luta contra o comunismo através da história. Saiba mais sobre seus principais defensores e movimentos.

Por
Redação Brasil Paralelo
Publicado em
1/3/2023 17:46
-

O comunismo preconizado por Karl Marx buscava uma expansão global de sua ideologia, formando um governo mundial homogêneo:

"Que as classes dominantes tremam diante de uma revolução comunista. Os proletários nada têm a perder a não ser seus grilhões. Eles têm um mundo a ganhar. Proletários de todos os países, uni-vos!" - Manifesto Comunista (1848).

Após a Rússia ter se tornado comunista, em 1917, a possibilidade dessa ideologia conquistar outros países cresceu, gerando e fortalecendo o anticomunismo pelo mundo.

Entenda agora o que é o anticomunismo, sua história e principais realizações.

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O que você vai encontrar neste artigo?

Anticomunismo: história e conceito

Anticomunismo é um movimento político que se opõe ao comunismo e a governos e partidos políticos comunistas ao longo da história. 

É uma corrente de pensamento que tem como objetivo combater o comunismo e as ideias socialistas que se expandiram após a Revolução Russa de 1917, explica Richard Pipes, professor emérito de História na Universidade de Harvard.

O anticomunismo remonta principalmente aos primeiros anos da União Soviética e da Comintern, a Internacional Comunista, que procurou espalhar o comunismo para outros países. 

Diversas correntes anticomunistas surgiram em todo o mundo, incluindo a Igreja Católica, governos anticomunistas e intelectuais que escreveram contra a doutrina de Karl Marx e Friedrich Engels.

A Igreja Católica e o anticomunismo

A Igreja Católica condenou o comunismo desde a origem e expansão da teoria. A instituição desempenhou um papel importante na luta contra o comunismo especialmente devido ao seu elevado número de fiéis espalhados pelo mundo.

Em 1846, na encíclica Qui pluribus, o Papa Pio IX afirmou:

"O comunismo é sumamente contrária ao próprio direito natural, a qual, uma vez admitida, levaria à subversão radical dos direitos, das coisas, das propriedades de todos e da própria sociedade humana." 

Os Papas continuaram a condenar o movimento através de ações práticas, como o apoio aos grupos políticos católicos, especialmente as Ações Católicas de vários países, e através da publicação de diversos documentos, especialmente a Encíclica Rerum Novarum, o Decreto Contra o Comunismo e a Encíclica Mater et Magistra.

Governos anticomunistas

Vários governos anticomunistas surgiram em todo o mundo após a Segunda Guerra Mundial, especialmente nos Estados Unidos e na Europa Ocidental. O principal objetivo destes governos era combater a expansão do comunismo desejada pela União Soviética.

"A vitória do socialismo num só país não é absoluta, é apenas a primeira etapa da vitória do socialismo em escala mundial", disse Lênin, líder da União Soviética, em seu discurso na sessão plenária do Comitê Executivo da Internacional Comunista em 1921.

Diversos monarcas europeus lutaram contra essa ideologia desde o princípio, como foi o caso de Rei Carlos I de Portugal, Rei Jorge VI do Reino Unido, pai da rainha Elizabeth II, Rei Baudouin da Bélgica e o imperador Hirohito do Japão.

O governo nazista foi um dos governos europeus que deu mais ênfase ao anticomunismo. Em seu livro "Minha Luta", publicado em 1925, o líder nazista disse: 

"O comunismo é uma fraude judaica, uma desgraça para a humanidade". 
  • As características do Nazismo estão generalizadas em vários discursos e seu significado real ficou distante - entenda esse movimento com o artigo do Portal da BP.

Estados Unidos e a campanha anticomunista

A maior força do movimento anticomunista veio dos Estados Unidos, especialmente com o trabalho do presidente Harry S. Truman, o Senador Joseph McCarthy e o Padre Fulton J. Sheen. Estes líderes proclamaram que o comunismo era um mal que ameaçava a liberdade, a democracia e a moralidade ocidental.

O historiador político George Kennan foi um dos primeiros a descrever o que ficou conhecido como a "Doutrina Truman", que foi projetada para conter a ameaça comunista e "reassumir o controle da contenção". O presidente Truman, por sua vez, descreveu o comunismo como "uma força de destruição".

Mais tarde, durante a Guerra Fria, Edward Teller e outros cientistas desenvolveram o conceito de "guerra limitada", no qual a oposição ao comunismo seria realizada através de meios não militares, como a propaganda e o bloqueio econômico.

Nos Estados Unidos, o senador Joseph McCarthy liderou uma campanha anticomunista conhecida como o "macarthismo", que envolveu a perseguição de comunistas no governo e na sociedade americana. 

Embora essa campanha tenha sido criticada por muitos como uma violação dos direitos civis e uma caça às bruxas, ela teve um impacto significativo na política americana da época, afirmou Stephen Kotkin, historiador americano e professor de História e Assuntos Internacionais na Universidade de Princeton.

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