Thomas Sowell foi o primeiro de sua família a passar da sexta série
Thomas Sowell nasceu em 1930, em uma família pobre na Carolina do Norte. Seu pai morreu antes de ele nascer e sua mãe, que já tinha outros filhos, também faleceu pouco depois. Ele foi criado por uma tia-avó e suas filhas.
Morava em uma casa simples, sem eletricidade ou água, em um bairro negro de Charlotte. Aos nove anos, mudou-se com a família para o Harlem, em Nova York, onde teve que dividir quartos com a tia em casas de outras pessoas por causa de conflitos familiares.
Sowell entrou na Stuyvesant High School, uma das melhores de Nova York, sendo o primeiro da família a passar da sexta série. Mas, aos 17 anos, teve que largar os estudos por falta de dinheiro e problemas em casa. Trabalhou em vários bicos, como mecânico e entregador.
Em 1951, foi convocado para os Fuzileiros Navais durante a Guerra da Coreia. Apesar de ser contra a guerra e sofrer racismo, encontrou satisfação trabalhando como fotógrafo, atividade que virou seu hobby. Foi dispensado com honra em 1952.
Depois de sair do serviço militar Sowell terminou o ensino médio, trabalhou em um cargo público em Washington, D.C., e fez aulas noturnas na Universidade Howard. Suas boas notas e cartas de recomendação o levaram a Harvard, onde se formou em economia com honras em 1958.
No ano seguinte, fez mestrado na Universidade de Columbia. Inicialmente queria estudar com o economista George Stigler, mas ao descobrir que ele havia se mudado para a Universidade de Chicago, Sowell foi para lá em 1959 para fazer seu doutorado.
Thomas Sowell foi o economista negro mais citado dos EUA
Thomas Sowell fez vários trabalhos que lhe permitiram alcançar um grande público. Deu aulas de economia em várias universidades, como Howard, Rutgers, Cornell, Brandeis, Amherst e UCLA. Também participou do programa Firing Line, debatendo temas como raça e privatização.
Seu livro A Conflict of Visions fez com que o crítico Larry D. Nachman, da revista Commentary, uma das mais influentes dos EUA desde 1945, o destacasse como um dos principais nomes da escola de economia de Chicago.
Sowell escreveu sobre temas variados, como raça, educação, economia (clássica e marxista), políticas sociais e crianças com deficiência. Teve uma coluna distribuída nacionalmente, publicada em revistas e jornais como Forbes, Wall Street Journal, New York Post e em sites como RealClearPolitics e Townhall.
Era convidado frequente no programa de rádio The Rush Limbaugh Show, onde conversava com Walter E. Williams, substituto de Limbaugh.
Comentava assuntos como viés da mídia, ativismo judicial, aborto, salário mínimo, saúde pública, ação afirmativa, burocracia, controle de armas, política externa, guerra às drogas e multiculturalismo. Entre 1991 e 1995, foi o economista negro mais citado nos EUA, segundo o The Journal of Blacks in Higher Education.
As posições mais polêmicas de Thomas Sowell
Agora, veja um compilado das posições de Sowell que mais dividem as opiniões de quem conhece o autor.
Sowell é contra o salário mínimo
Sowell é contra o salário mínimo, afirmando que ele pode levar ao desemprego, especialmente entre minorias. Em Economia Básica, diz que o verdadeiro salário mínimo é zero, pois muitos perdem o emprego ou nem conseguem entrar no mercado por causa dessas leis.
Ele aponta que antes das leis de salário mínimo dos anos 1930, o desemprego entre negros era menor que entre brancos, mas depois essas taxas dispararam, afetando principalmente jovens negros. Sowell também defende a legalização de todas as drogas e é contra o controle de armas, alegando que essas leis, em vez de salvar, tiram vidas.
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Sowell não acredita em racismo sistêmico