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Atualidades
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Véu investigado há séculos pelo Vaticano volta aos holofotes após morte de jornalista

Guardado em uma vila italiana, o véu voltou ao debate após a morte do jornalista que dedicou a vida a investigá-lo.

Por
Redação Brasil Paralelo
Publicado em
25/11/2025 11:24
Blog Devoção e Fé

Em uma pequena cidade italiana está um dos objetos religiosos que há séculos provoca perguntas entre cientistas, historiadores e até autoridades do Vaticano. Trata-se de um pano retangular, transparente, com a imagem de um rosto de um homem. Para fiéis e estudiosos da tradição cristã, essa é a Santa Face de Manoppello, considerada por muitos o retrato verdadeiro de Jesus Cristo.

O tema voltou a circular no mundo católico após a morte, em 10 de novembro, do jornalista alemão Paul Badde, aos 77 anos. Badde dedicou boa parte de sua carreira a investigar e defender a autenticidade da relíquia.

Santa Face de Manoppello. Imagem: reprodução.

Ele passou seus últimos dias justamente em Manoppello, onde o véu é guardado desde o século XVI.

Em conversas com amigos, insistia que o rosto impresso no tecido não era simbólico nem artístico. “É Ele”, dizia ao colega Robert Moynihan, convencido de estar diante de uma imagem não feita por mãos humanas.

Esse tipo de relíquia entra na mesma classe do Sudário de Turim e a imagem de Nossa Senhora de Guadalupe. Mas, ao contrário desses dois objetos, Manoppello permanece pouco estudado pela ciência.

Um pano, vários nomes e muitos debates

A primeira dificuldade é definir o que, exatamente, a Santa Face seria. O jesuíta Heinrich Pfeiffer, especialista em história da arte, afirmava que o pano poderia ter estado no sepulcro de Jesus, citado no Evangelho de João como o tecido deixado sobre o seu rosto.

Ao mesmo tempo, a relíquia era chamada de “véu de Verônica”. O nome costuma ser associado à mulher que, segundo a tradição cristã, enxugou o rosto de Jesus antes de sua morte.

Isso criou um segundo problema: existem vários “véus de Verônica”. Um deles está no Vaticano e foi exposto neste ano, no quinto domingo da Quaresma. Outros são venerados em igrejas da Europa. Manoppello é apenas um entre os possíveis candidatos.

O trajeto do pano antes de 1508 é desconhecido. Desde esse ano, há registros confiáveis de sua presença na vila italiana. Mas nada se sabe com certeza sobre quem trouxe o objeto ou como ele teria circulado antes disso. Uma das hipóteses é que ele tenha sido retirado do Vaticano no início do século 16, mas não há documentos que comprovem a tese.

Essa falta de informações levou um grupo de pesquisadores a criar o Veronica Route Project, dedicado a reconstruir a trajetória tanto da relíquia de Manoppello quanto da versão guardada no Vaticano.

Ao contrário do Sudário de Turim, o pano de Manoppello não passou por análises científicas amplas. Há dúvidas sobre o material. Badde dizia tratar-se de seda marinha, tecido raro produzido por moluscos e de difícil manipulação, o que reforçaria a tese de que a imagem não foi pintada. Outros estudiosos defendem que o pano é de linho.

Um dos poucos exames ocorreu nos anos 1990, quando Donato Vittore, da Universidade de Bari, analisou a relíquia com luz ultravioleta. Ele não encontrou pigmentos, apenas manchas marrom-avermelhadas que poderiam ser sangue.

O véu atrai peregrinos há séculos, mas seu reconhecimento internacional aumentou após a visita do Papa Bento XVI em 2006. Diante do relicário, o pontífice afirmou: “Todos nós buscamos a face do Senhor”.

Desde então, Manoppello se tornou ponto de passagem para quem percorre santuários da região, como Lanciano, Loreto e San Giovanni Rotondo.

Com a  morte de Paul Badde o interesse pela relíquia aumentou. O objeto já atravessou guerras, séculos e debates.

A Santa Face de Manoppello segue exposta em uma igreja capuchinha na Itália, intacta desde 1508 e ainda esperando respostas científicas que possam definir sua origem. Até lá, permanece como um dos grandes enigmas do cristianismo.

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