As autoridades holandesas afirmam que o aplicativo teria enviado informações sensíveis e sigilosas de motoristas europeus, como:
- dados de licenças;
- localização;
- fotos;
- detalhes de pagamento;
- documentos de identidade;
- histórico médico e antecedentes criminais.
As informações teriam sido repassadas sem o uso das ferramentas de segurança adequadas para garantir a privacidade dos usuários. A irregularidade teria acontecido durante mais de dois anos.
Segundo a agência reguladora holandesa, o caso configura uma violação séria do Regulamento Geral de Proteção de Dados da União Europeia (RGPD).
O presidente do órgão, Aleid Wolfsen, afirmou:
"O Uber não cumpriu os requisitos do RGPD para garantir o nível de proteção aos dados transferidos para os Estados Unidos."
O porta-voz da empresa, Caspar Nixon, enfatizou que as práticas da empresa estão de acordo com as normas europeias e criticou a medida:
"Esta decisão viciada e multa extraordinária são totalmente injustificadas."
A multa foi a maior já recebida pela empresa na Europa. Em 2018, a Uber teve de pagar o valor de € 600 mil por não informar sobre uma violação de dados dentro do tempo esperado.
Em 2023, o aplicativo teve de pagar € 10 milhões por não informar o tempo que permanecia com os dados de motoristas europeus e para onde encaminhava essas informações.
A empresa ainda deve acionar a justiça para recorrer da multa bilionária.