Lorem ipsum dolor sit amet, consectetur adipiscing elit. Suspendisse varius enim in eros elementum tristique. Duis cursus, mi quis viverra ornare, eros dolor interdum nulla, ut commodo diam libero vitae erat. Aenean faucibus nibh et justo cursus id rutrum lorem imperdiet. Nunc ut sem vitae risus tristique posuere.
Donald Trump recebeu Javier Milei na Casa Branca para discutir o futuro da aliança entre os dois países. Na mesa, um possível empréstimo de US$20 bilhões (cerca de R$111 bilhões) que pode aliviar a crise econômica argentina.
O gesto veio acompanhado de um aviso. Trump condicionou o apoio à vitória de Milei nas eleições legislativas que acontecem no fim de outubro.
“Se ele perder, não seremos generosos com a Argentina”.
Durante a reunião da última terça-feira (14), Trump criticou os adversários do governo argentino, chamou-os de “extremamente de esquerda” e afirmou que não permitirá que “o dinheiro dos contribuintes seja desperdiçado”.
Gostaria de receber as principais notícias do dia diretamente em seu E-mail, todos os dias e de graça? Assine o Resumo BP, a newsletter de jornalismo da Brasil Paralelo. Clique aqui e aproveite.
EUA anunciam socorro bilionário à Argentina
A proposta prevê um acordo de swap cambial, no qual os EUA emprestariam dólares para o Banco Central da Argentina reforçar as reservas, estabilizar o peso e conter a fuga de capitais.
“É simplesmente ajudar uma grande filosofia a dominar um grande país”.
O swap cambial é um acordo usado pelo Banco Central para evitar grandes variações no dólar. Nele, o Banco paga uma taxa de juros e o investidor assume o risco da oscilação da moeda. Assim, o governo controla a inflação sem usar as reservas de dólares do país.
O secretário do Tesouro, Scott Bessent, confirmou a operação e disse que os Estados Unidos compraram diretamente pesos argentinos.
Ele também declarou que o governo Trump está “preparado para tomar medidas excepcionais” para estabilizar o mercado cambial.
Em uma postagem nas redes sociais, Bessent detalhou que a estrutura do swap de US$20 bilhões já foi concluída e elogiou Milei por sua “liderança econômica”.
“A Argentina enfrenta um momento de aguda iliquidez. Somente os Estados Unidos podem agir rapidamente, e agiremos”, escreveu.
The @USTreasury has concluded 4 days of intensive meetings with Minister @LuisCaputoAR and his team in DC. We discussed Argentina’s strong economic fundamentals, including structural changes already underway that will generate significant dollar-denominated exports and foreign…
— Treasury Secretary Scott Bessent (@SecScottBessent) October 9, 2025
Casa Branca reforça aliança com Milei
Durante o encontro, Trump chamou Milei de “MAGA até o fim”, uma referência ao slogan Make America Great Again, agora adaptado para Make Argentina Great Again.
MIlei afirmou que se sente “honrado” e agradecido pela “grande liderança de Trump”.
“Podemos seguir um caminho pacífico e fazer da Argentina um exemplo de liberdade e prosperidade”.
A estratégia tem dado resultado. O país, com queda econômica e desemprego alto, voltou a atrair investidores americanos depois de adotar reformas fiscais e reduzir a inflação de 300% para cerca de 30% ao ano.
Kirchner critica acordo com os EUA
A declaração Trump repercutiu em Buenos Aires. A ex-presidente Cristina Fernández de Kirchner, principal nome da oposição peronista, comentou nas redes:
“Trump para Milei: ‘Nossos acordos estão sujeitos a quem vencer a eleição’. Argentinos… vocês sabem o que fazer!”
Trump a Milei en Estados Unidos: "Nuestros acuerdos están sujetos a quien gane las elecciones”.
Cristina cumpre prisão domiciliar por corrupção, mas segue como uma das figuras mais influentes do peronismo, movimento que marcou a política argentina por décadas.
Em abril, a Argentina recebeu um empréstimo de US$20 bilhões do Fundo Monetário Internacional (FMI), além de já dever outros US$40 bilhões (R$222 bilhões) ao fundo .
O ex-funcionário do Tesouro americano Brad Setser, hoje no Conselho de Relações Exteriores, também comentou o novo acordo de Milei com o governo Trump:
“Os Estados Unidos deveriam se preocupar com o fato de a Argentina ter devolvido US$20 bilhões tão rapidamente, depois de receber US$14 bilhões adiantados do FMI.”
O encontro entre Donald Trump e Javier Milei marcou um novo capítulo na relação entre os dois países.
Enquanto os Estados Unidos reforçam o apoio financeiro à Argentina, o futuro da parceria dependerá do resultado das eleições legislativas e da capacidade do governo argentino de estabilizar sua economia.
Conheça as origens da crise pela qual a Argentina passou na trilogia original da Brasil Paralelo A queda da Argentina. Assista ao primeiro episódio da série no canal da Brasil Paralelo.
O jornalismo da Brasil Paralelo existe graças aos nossos membros
Como um veículo independente, não aceitamos dinheiro público. O que financia nossa estrutura são as assinaturas de cada pessoa que acredita em nossa causa.
Quanto mais pessoas tivermos conosco nesta missão, mais longe iremos. Por isso, agradecemos o apoio de todos.
Seja também um membro da Brasil Paralelo e nos ajude a expandir nosso jornalismo.