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A tentativa de assassinato sofrida pelo presidente Donald Trump e a indicação de J.D Vance para vice-presidente impactaram de modo positivo o mercado financeiro. No dia seguinte ao ocorido, o dólar alcançou uma pequena valorização diante das principais moedas do mundo. As mais importantes bolsas de valores internacionais e as criptomoedas também registraram altas signficativas. Na segunda-feira, o Dow Jones registrou (+0,47%), o S&P 500 (+0,61%) e a Nasdaq (+0,84%) após o atentado.
Os juros futuros se mantiveram avançaram um pouco.
Juros futuros são as taxas de juros esperadas para períodos específicos no futuro. Eles são utilizados como uma medida das expectativas do mercado sobre a direção das taxas de juros e da política monetária nacional.
Os bitcoins atingiram uma forte valorização no domingo, dia após o atentado, sendo cotados a US$62 mil. Isso representa um aumento diário de mais de 5%.
Os investidores também reagiram de modo positivo. Na segunda-feira (15/07), o banco Goldman Sachs lucrou US$3,04 bilhões no 2º trimestre, com alta de 150,2% em relação ao mesmo período de 2023.
Um grupo grande de especialistas identifica que entre os fatores fundamentais para essa avaliação positiva está a repercussão do sofrido pelo ex-presidente dos Estados Unidos. Os analistas acreditam que o atentado reforça a previsão de que Trump tem maiores chances de vencer o pleito eleitoral do que Joe Biden.
O vice-presidente de gestão de patrimônio da APEX Partners, Tiago Pessoti, afirma que o mercado começou a interpretar que essa tentativa de atentado poderia contribuir para Trump subir nas pesquisas, posicionando-o como um favorito”.
Pessoti ressalta que o atentado pode trazer mais clareza ao resultado eleitoral e levar o mercado a reagir de modo positivo.
O professor da USP e economista-chefe da MB Associados, Sérgio Vale, explica que a reação do mercado às consequências do atentado podem ser atribuídas a uma leitura do mercado de que o atentado fortalece a candidatura do republicano, algo que já vinha acontecendo desde o primeiro debate entre ele e Biden. Existe ainda uma segunda tendência de que o ex-presidente seja eleito e venha a implementar políticas pró-mercados:
“Neste ano de 2024, diferente de 2016 temos dois caminhos: um deixa o mercado mais contente. A gente percebe alguns números positivos nessa perspectiva do Trump ganhar. O que se manifesta é aquela velha visão de corte de tributos, de estimuar crescimento que eventualmente, o Trump teria e costuma agradar parte do mercado”, afirma.
Donald Trump incentiva alta de mercado. Imagem: Shutterstock.
Vale enfatiza que, como os EUA estão em uma situação fiscal muito fragilizada, a simples redução de impostos não seria suficiente para resolver o problema do país. Segundo o professor, o fato de o país precisar passar por um ajuste fiscal mais robusto deixa um segundo grupo de analistas mais cauteloso em relação a uma possível volta de Trump à Casa Branca.
“Os EUA precisarão de um severo ajuste fiscal e por essa razão, o mercado observará com muita cautela a política fiscal de Donald Trump, se ele for eleito. Nesse sentido a sinalização não é tão positiva”, afirma.
Já a economista Monica de Bolle, professora da Universidade John Hopkins e do Peterson Institute, afirmou em entrevista que a reação do mercado ao atentado “adiciona incerteza a um quadro [político] já demasiado complexo”.
“Não dá para saber o impacto, sobretudo com a candidatura democrata ainda indefinida a despeito do que diz Biden. Creio que o episódio reforçará a necessidade de unificar o partido em torno de um candidato apto a governar ao longo dos próximos quatro anos”, enfatizou a professora.
O impacto na vida do brasileiro
O real sofreu uma leve desvalorização logo após o atentado, de 0,26%. Na segunda-feira, 14 de julho, atingiu máxima de R$5,48. Hoje, quarta-feira,17 de julho, o dólar americano está cotado a R$5,43, de acordo com o índice Ibovespa.
O maior impacto do atentado contra Trump em todo o mundo, entretanto, foi nas bolsas de valores. Tanto as bolsas brasileiras (IBOV) quanto a americana registraram altas após o atentado. O Ibovespa fechou no azul após alta de 0,33%.
Tiago Pessotti atribui a reação positiva do mercado a uma eventual sinalização da vitória de Trump. Destaca ainda que os Estados Unidos são um importante cliente de exportações brasileiras, o que significa que uma agenda política que imponha menos restrições ao comércio e negócios poderá beneficiar o país:
“Trump possui uma agenda política que visa diminuir impostos das empresas, aumentando seus lucros, além de promover a desregulamentação, o que facilita investimentos empresariais. Esses fatores podem gerar maiores lucros, inclusive para empresas ligadas a novas tecnologias como as criptomoedas, que se beneficiam de um ambiente regulatório menos restritivo. Vale lembrar que os EUA é um relevante cliente das exportações brasileiras”.
Pessotti afirma que o dólar não deverá ser especificamente impactado pelos efeitos do atentado nos próximos dias.
“Dados macroeconômicos do Brasil e dos EUA, além dos desenvolvimentos em Brasília, como a aprovação da reforma tributária pelo partlamento podem ser preponderantes”, afirma em relação ao valor do dólar.
O mercado brasileiro deverá ser influenciado pelos movimentos do americano até o fim do ano.
As incertezas ocasionadas pelas eleições que irão ocorrer nos dois países poderão gerar incertezas que venham a afetar os mercados.
“Acho muito difícil a gente ter um cenário muito tranquilo, especialmente no quarto trimestre, em que teremos eleição americana em novembro e as primeiras movimentações em relação ao que o Trump vai fazer se eventualmente ele ganhar”, afirma Vale. Fatores como quem vai vencer as eleições norte-americanas, os primeiros nomes escolhidos pelo vencedor, as primeiras indicações de política econômica e pontos assim irão influenciar os mercados em 2024.
No Brasil, volatilidades em relação à nossa questão fiscal, trocas no Banco Central e instabilidade política também serão fundamentais para que o mercado se movimente até o final do ano.
Em economia, o Brasil deverá viver um ciclo de intensa movimentação até o final de 2024.