Na noite de segunda-feira, 13 de maio, a publicitária Nayara Gomes saiu de seu escritório na Bela Vista em São Paulo. Passou no mercado Pão de Açúcar da Avenida Brigadeiro Luiz Antônio e ao se aproximar da gôndola de arroz notou um aviso.  

Na placa havia os dizeres: “Senhores clientes, devido às inundações no Rio Grande do Sul a compra de arroz e feijão está limitada a 3 pacotes por cliente, independentemente da marca. Essa ação visa evitar um possível desabastecimento devido às inundações nos locais onde esse produto é cultivado.”

Situações como as que Nayara presenciou também estão sendo relatadas por outras pessoas. Em sua rede social, o jornalista Danuzio Neto postou fotos enviadas por seguidores de Campinas, também no estado de São Paulo, e Vitória, no Espírito Santo. 

O Rio Grande do Sul é um dos maiores produtores de arroz do Brasil. Cerca de 70% do grão é produzido no estado gaúcho, segundo dados do IBGE de 2022. 

São 7.671.078 toneladas produzidas por ano na região, sendo uma média de 8 kg por hectare de terra. O município fica às margens do rio Uruguai, que está em elevação. Segundo dados da defesa civil de ontem, somente de domingo para segunda-feira choveu 84mm na cidade.

Em cidades como Porto Seguro, na Bahia, a medida ainda não está sendo adotada. A advogada Amanda Pereira disse em entrevista ao Portal Brasil Paralelo que em uma grande rede de supermercados da cidade a compra do grão ainda não está limitada.

“Perguntei ontem para a gerente e ela disse que até o momento não havia ordem para limitar a compra de arroz” , relatou Pereira

Governo diz que vai importar o principal item da mesa do brasileiro

Na semana passada, durante o programa “Café com o Presidente” , o presidente Luiz Inácio Lula da Silva destacou que caso seja necessário o país irá importar arroz. 

“Agora com a chuva, eu acho que nós atrasamos de vez a colheita do Rio Grande do Sul. Portanto, se for o caso, para equilibrar a produção, a gente vai ter que importar arroz. A gente vai ter que importar feijão. A gente vai ter que importar feijão para que a gente coloque na mesa do povo brasileiro um preço compatível com aquilo que ele ganha”, adiantou Lula de acordo com informações do site do Palácio do Planalto. 

Lula disse ainda que por causa das chuvas no estado gaúcho é possível que o preço do alimento suba. Afirmou que o governo está trabalhando para mitigar a alta dos preços e evitar o desabastecimento. 

Previsão do tempo não melhora a situação

As regiões produtoras de arroz afetadas pela maior tragédia do Rio Grande do Sul devem continuar debaixo d’água. A Defesa Civil emitiu na noite de hoje (14) um novo alerta de inundação na região. 

Enquanto as águas não baixam, cada um de nós precisa ser paciente e colaborar para evitar a falta de produtos regionais, como o arroz.

O que fazer em caso de emergência?

Voltou a chover nas regiões já inundadas. Se você estiver em perigo, ligue para: 

190 (disque emergência) ou 193 (bombeiros). 

Sua vida é muito importante, peça ajuda! 

Como ajudar de longe?

Sabemos que cada um de nós gostaria de ajudar. Se você está distante, isso pode ser feito por meio  de doações. 

Para oferecer suporte financeiro, recomendamos algumas instituições confiáveis que estão organizando campanhas de arrecadação de doações:

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INSTITUTO CULTURAL FLORESTA

PIX: 27631481000190

BANCO DE ALIMENTOS

PIX: 04580781000191

FEDERASUL

PIX E-MAIL: SOSRS@FEDERASUL.COM.BR

THOMAS GIULLIANO E ACADEMIA SMALL FIGHT

PIX E-MAIL: THOMAS.GIULLIANO@GMAIL.COM

FAZ CAPITAL / RENATA BARRETO

PIX CPF - LUCAS FERRAZ: 008.768.770-48

BADIN COLONO E PRETINHO BÁSICO

PIX E-MAIL: enchentes@vakinha.com.br