O Departamento de Justiça dos EUA divulgou um documento com os resultados das investigações sobre o caso Jeffrey Epstein.
Segundo o relatório, não foram encontradas evidências de que existisse uma "lista de clientes" incriminadora do bilionário, nem de que ele chantageava figuras poderosas.
Epstein foi um financista condenado por operar uma rede de tráfico sexual de menores, abusando de dezenas de meninas.
Antes das investigações, ele era conhecido por organizar festas com figuras da alta sociedade, como presidentes, membros da realeza e celebridades.
Sua proximidade a pessoas influentes, como Bill Clinton e Donald Trump aumentou as especulações sobre quem estaria envolvido com os crimes.
Um membro da realeza britânica chegou a ser acusado de ter ligação com o caso, o Príncipe Andrew, oitavo na linha de sucessão do trono britânico.
Virginia Roberts Giuffre, uma das vítimas que denunciaram Epstein, contou que foi obrigada a fazer sexo com o príncipe quando tinha 17 anos.
Andrew sempre negou o caso e disse ter ficado abalado ao descobrir as atividades criminosas de Epstein.
Durante uma entrevista sobre o caso para a BBC, ele chegou a falar que o caso causou problemas para a família real e que simpatizava com as vítimas.
Virginia Roberts Giuffre foi encontrada morta em sua casa na Austrália, as autoridades afirmaram que se tratava de um suicídio.
No entanto ela já havia falado publicamente que não tinha tendências suicidas e chegou a deixar uma mensagem, na qual dizia:
“De nenhuma maneira ou forma, eu sou suicida. Se alguma coisa acontecer comigo, não deixem passar. Muitas pessoas perversas querem me ver silenciada”. Escreveu em dezembro de 2019.
Outro ponto abordado pelo relatório foi que o governo afirmou que Epstein teria, de fato, cometido suicídio.
Ele morreu em agosto de 2019, no presídio de Metropolitan Correctional Center, em Nova York, semanas após ser preso por tráfico sexual.
Seu corpo foi encontrado com o pescoço quebrado em vários pontos, enrolado em lençois.
Na época, sua morte levantou uma série de suspeitas e alimentou teorias da conspiração de que ele teria sido assassinado para proteger os poderosos ligados a seus crimes.
O relatório da autópsia revelou que seu pescoço foi quebrado em "vários pontos", incluindo o osso hioide.
Esse tipo de fratura é mais comum em vítimas de homicídio por estrangulamento do que em suicídios por enforcamento, embora possa ocorrer.
A médica chefe de Nova York ,Dra. Barbara Sampson, que realizou o exame, deixou a causa da morte "pendente”, afirmando que nenhum fator isolado da autópsia poderia ser conclusivo.
Investigações revelaram que os dois guardas responsáveis por monitorar a cela de Epstein não monitoraram o local por três horas antes do incidente.
Eles teriam "adormecido", e depois falsificaram o registro para indicar que as atividades teriam seguido de maneira regular no dia.
Naquela semana, Epstein não tinha nenhum colega de cela e aguardava a transferência de um outro detento.
Quando chegou na prisão, o bilionário dividiu cela com o ex-policial Nicholas Tartaglione. Um dia Epstein foi encontrado desacordado e alegou ter sido agredido pelo ex-policial.
Tartaglione foi considerado inocente e o caso foi interpretado como uma tentatia de suicídio. A gravação do presídio no momento foi perdida.
Depois do acontecimento, Epstein foi mantido em uma ala especial para pessoas com risco de tirar a própria vida.
Advogados de Epstein haviam alertado o juiz que seu cliente temia por sua segurança e havia recebido ameaças.
Para sustentar a versão oficial, o Departamento de Justiça divulgou 10 horas de filmagens de vigilância da prisão.
O vídeo não mostra ninguém entrando e nem saíndo do setor em que estava a cela de Epstein na noite de sua morte.
Apesar disso, pessoas que acreditam na hipótese de Epstein ter sido assassinado destacam que acontece um corte de um minuto na gravação.
A morte de Jeffrey Epstein e as principais teorias sobre seus crimes estarão na próxima temporada de Investigação Paralela.
O programa já tem três temporadas e analisou casos como a morte de J.F. Kennedy e o crime que inspirou a lei Maria da Penha.
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