O Supremo Tribunal Federal (STF) quer julgar o pedido de prisão de Bolsonaro no primeiro semestre do ano que vem para impedir que o processo se arraste até as eleições de 2026.
Ao menos três ministros da Corte e auxiliares ouvidos pela Folha de São Paulo teriam dito que encerrar o caso em 2025 é importante para evitar que a discussão afete as eleições.
Bolsonaro foi indiciado com outros 36 apoiadores e militares por participar de um suposto plano para assassinar Lula, Alckmin e Alexandre de Moraes em dezembro de 2022.
O relatório final das investigações aponta que o presidente pode ser processado por três crimes diferentes:
Caso pegue a pena máxima em todas as acusações, Bolsonaro pode ser preso por 28 anos.
Em uma conversa com o colunista do jornal Metrópoles, o ex-presidente acusou a justiça de agir de forma parcial e deu ênfase para a atuação de Moraes no caso:
“O ministro Alexandre de Moraes conduz todo o inquérito, ajusta depoimentos, prende sem denúncia, faz pesca probatória e tem uma assessoria bastante criativa. Faz tudo o que não diz a lei”.
O documento final de aproximadamente 800 páginas foi entregue ao ministro, que é relator do caso.
Moraes vai ler o relatório durante o final de semana e depois enviará para análise da Procuradoria Geral da União (PGU).
O órgão pode pedir o arquivamento do caso, propor mais apurações ou encaminhar o documento para a Justiça.
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