Jair Bolsonaro (PL-RJ) foi indiciado por tentativa de golpe de Estado no Brasil. O ex-presidente é acusado de tramar a morte de Lula, Alckmin e Alexandre de Moraes.
A trama teria o objetivo de manter Bolsonaro na Presidência. O indiciamento aconteceu uma hora após o depoimento do tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro.
Mensagens recuperadas pela Polícia Federal (PF) mostram Cid afirmando que Bolsonaro estava “sendo pressionado por deputados e empresários do agronegócio a dar um golpe”.
Além dele, também foram indiciados:
- o general da reserva do Exército Braga Netto, ex-ministro da Casa Civil e da Defesa do governo Bolsonaro e candidato a vice na chapa que perdeu a eleição de 2022;
- o general da reserva Augusto Heleno, ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI);
- o policial federal Alexandre Ramagem, ex-diretor da Agência Brasileira de Informações (Abin);
- e Valdemar da Costa Neto, presidente do Partido Liberal (PL), legenda de Bolsonaro.
Caso seja condenado, o ex-presidente pode ter de cumprir as seguintes penas:
- 4 a 12 anos de prisão pelo Golpe de Estado;
- 4 a 8 anos de prisão por abolição violenta do Estado Democrático de Direito;
- 3 a 8 anos de prisão por integrar organização criminosa.
Lista completa das 37 pessoas indiciadas hoje pela Polícia Federal:
- Ailton Gonçalves Moraes Barros
- Alexandre Castilho Bitencourt Da Silva
- Alexandre Rodrigues Ramagem
- Almir Garnier Santos
- Amauri Feres Saad
- Anderson Gustavo Torres
- Anderson Lima De Moura
- Angelo Martins Denicoli
- Augusto Heleno Ribeiro Pereira
- Bernardo Romao Correa Netto
- Carlos César Moretzsohn Rocha
- Carlos Giovani Delevati Pasini
- Cleverson Ney Magalhães
- Estevam Cals Theophilo Gaspar De Oliveira
- Fabrício Moreira De Bastos
- Filipe Garcia Martins
- Fernando Cerimedo
- Giancarlo Gomes Rodrigues
- Guilherme Marques De Almeida
- Hélio Ferreira Lima
- Jair Messias Bolsonaro
- José Eduardo De Oliveira E Silva
- Laercio Vergilio
- Marcelo Bormevet
- Marcelo Costa Câmara
- Mario Fernandes
- Mauro Cesar Barbosa Cid
- Nilton Diniz Rodrigues
- Paulo Renato De Oliveira Figueiredo Filho
- Paulo Sérgio Nogueira De Oliveira
- Rafael Martins De Oliveira
- Ronald Ferreira De Araujo Junior
- Sergio Ricardo Cavaliere De Medeiros
- Tércio Arnaud Tomaz
- Valdemar Costa Neto
- Walter Souza Braga Netto
- Wladimir Matos Soares
Terceiro indiciamento
Esse é o terceiro indiciamento do ex-presidente. Em julho de 2024, ele também passou a ser investigado por supostamente vender jóias sauditas concedidas como presente ao governo brasileiro. As peças teriam sido negociadas nos EUA.
Antes, ele já estava sendo processado por suposta fraude em seu cartão de vacinação contra a Covid-19. A PF está investigando a existência de uma associação criminosa para realizar a possível falcatrua.
Cid teria escondido informações
Entre os pontos que levantaram dúvidas, estão contradições entre os depoimentos de Cid e as provas coletadas pelos investigadores na Operação Contragolpe.
Na terça-feira, 19 de novembro, a Polícia Federal deflagrou uma operação, denominada Contragolpe, para investigar um suposto plano de golpe que incluiria assassinado de autoridades como o presidente Lula e o ministro Alexandre de Moraes.
O general reformado Mário Fernandes e quatro “kids pretos” foram presos.
- Os “ kids pretos” são os integrantes das forças especiais do Exército.
Os agentes também alegam ter recuperado mensagens de texto que indicam que Cid sabia sobre planos de assassinato de autoridades, incluindo o próprio ministro Moraes.
No entanto, o tenente-coronel não havia falado sobre tais estratégias nos depoimentos anteriores. A ausência dessa informação caracterizaria o descumprimento do acordo.
Em uma audiência anterior, ele havia sido preso por ter desrespeitado medidas cautelares. Enquanto estava solto, Cid criticou a PF.
A revista Veja divulgou áudios do WhatsApp de Mauro Cid, nos quais ele critica seu próprio acordo de delação premiada, afirmando que foi forçado a "confirmar a narrativa deles".
Após a publicação dessas mensagens, no fim de 2022, o tenente-coronel foi preso, mas foi libertado pouco tempo depois.





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