O avanço do PL 1.904/24, projeto que visa equiparar a interrupção da gravidez após 22 semanas de gestação ao homicídio, está colocando a pauta do aborto no centro do debate político brasileiro.
De acordo com pesquisas realizadas pelo Instituto Quaest sobre o posicionamento nas redes sociais, há uma maioria de postagens contrárias ao projeto de lei.
Segundo os dados da Instituição, 51% das postagens sobre o assunto têm apresentado uma visão contrária à implementação do projeto.
Apenas 17% das publicações têm sido explicitamente favoráveis ao PL. Os 32% restantes das publicações não assumiram uma posição clara.
As estatísticas apontam que o povo brasileiro tem uma extensa maioria contrária à legalização de práticas abortivas no Brasil, o que vai de encontro às opiniões apresentadas ao longo da discussão sobre o PL 1.904/24.
A mesma pesquisa revela que a grande maioria do povo brasileiro é contrária à legalização do aborto: 74% dos entrevistados se colocaram contra o aborto legal, ao passo que apenas 25% se colocaram favoravelmente.
Para o deputado federal e comentarista do programa Cartas na Mesa, Luiz Philippe de Orleans e Bragança (PL-SP), a direita foi incapaz de construir uma narrativa sólida sobre o projeto. O parlamentar ressalta que a esquerda se aproveitou dessa vulnerabilidade:
"A direita não é boa de formar narrativa e nem de lançar projeto; já a esquerda navega muito bem nessa questão. Toda vez que vai lançar uma proposta legislativa tem uma narrativa desenvolvida e mais ou menos difundida. Então, nesse aspecto, nós não fizemos um bom trabalho.Não tenho dúvida com relação a isso."
Para o parlamentar, a incapacidade de a direita em criar uma narrativa sólida sobre o projeto foi bem aproveitada pela mídia para espalhar o discurso da esquerda:
"Agora, só para deixar claro que isso cai como uma luva para todos os veículos de comunicação que estão na base do governo e são pagos pelo governo, vão aproveitar esse fato exatamente para fazer esse tipo de contraposição."
O brasileiro manifesta alto índice de rejeição à prática do aborto. Apesar disso, o PL 1.904/24, que aumenta a punição para quem praticar aborto acima de 22 semanas de gestação, não conquistou apoio social suficiente para fundamentar sua aprovação.
A falta de uma narrativa clara e bem estruturada por parte da direita sobre a proposta abriu espaço para que o discurso da esquerda se tornasse dominante.
A futura retomada do tema nas casas legislativas permitirá que o debate continue e a sociedade manifeste apoio ou oposição à proposta.
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