Especial de Natal 2025

Dia 15 de dezembro, garanta seu lugar

Cadastro gratuito
Guerra Oculta - Estreia exclusiva
Evento de lançamento começa em
00
D
00
H
00
M
00
S
December 2, 2025
Ative o lembrete
This is some text inside of a div block.
3
min de leitura

Heading

Lorem ipsum dolor sit amet, consectetur adipiscing elit. Suspendisse varius enim in eros elementum tristique. Duis cursus, mi quis viverra ornare, eros dolor interdum nulla, ut commodo diam libero vitae erat. Aenean faucibus nibh et justo cursus id rutrum lorem imperdiet. Nunc ut sem vitae risus tristique posuere.

Por
This is some text inside of a div block.
Publicado em
This is some text inside of a div block.
This is some text inside of a div block.
Atualidades
3
min de leitura

Professor americano explica que ignorar certas informações pode ser uma defesa contra fatos incômodos

Mark Lilla sugere que a principal causa desse movimento está na natureza humana e na dificuldade de entender o mundo.

Por
Redação Brasil Paralelo
Publicado em
12/12/2024 17:48
Foto: Divulgação

A ignorância atrai o ser humano. Essa é a reflexão de Mark Lilla, professor de humanidades da Universidade de Columbia em um artigo para o The New York Times, publicado em 2 de dezembro de 2024.

Essa tendência não é novidade. Lilla chama isso de “surto de negação que abala a sociedade”, o que estaria acontecendo nos dias atuais.

O norte-americano Mark Lilla foi um dos destaques do Fronteiras do Pensamento  de 2018| Foto: Nathan Dvir / Divulgação / CP

Em suas palavras, não é raro encontrar pessoas que acreditam ter a posse absoluta dos fatos. Com isso, creem não precisar questionar nada. 

À frente desse movimento, estão os que ele chama de “profetas da ignorância”.

“Eles idealizam "o povo" e incentivam a resistir a questionamentos, protegendo crenças fixas”.

Certezas que incomodam e podem machucar

Lilla sugere que a principal causa desse movimento está na natureza humana e na dificuldade de entender o mundo, embora guerras, crises econômicas e outros fatos cotidianos também contribuem para isso. 

“Enfrentar verdades incômodas sobre si mesmo e a realidade pode ser doloroso".

O professor reconhece que evitar certas informações pode ser sensato, como no caso de uma trapezista que não quer saber das estatísticas de risco de seu trabalho. 

Mark Lilla no Fronteiras do Pensamento de 2018. Ele afirma que a ignorância atrai o ser humano. Foto: Luiz Munhoz.

No entanto, ressalta que as atitudes das pessoas em relação ao conhecimento oscilam entre a curiosidade natural e a desvantagem em questionar o que está a seu redor. 

Há também quem resista ativamente a novos conhecimentos, bloqueando qualquer coisa que desafie suas crenças. E isso não tem a ver com instrução acadêmica. 

“O desejo de saber é exatamente isso, um desejo. E sempre que nossos desejos são satisfeitos ou frustrados, nossos sentimentos são afetados”.

Por isso, é fácil para o ser humano se apegar ao que já conhece. Isso pode levá-lo a defender a ignorância de forma apaixonada, rivalizando com o desejo por conhecimento.

A dificuldade de encarar os fatos

Mark Lilla aborda a complexa relação que as pessoas têm com o conhecimento e a verdade, destacando a resistência de muitos em encarar fatos evidentes. 

Ele observa que, em certos períodos históricos, a negação de verdades aparentes parece ganhar força. Seria algo semelhante a um "vírus psicológico" que se espalha e para o qual não há antídoto eficaz. Um desses momentos seria justamente o atual.

Para ele: 

“Essa resistência não é apenas uma questão de falta de informação, mas uma escolha emocional e psicológica".

Mark Lilla observa que muitas pessoas preferem manter crenças antigas porque isso lhes proporciona conforto, mesmo quando essas crenças são contrariadas pela realidade.

Mark Lilla durante o Roda Viva da TV Cultura em 2019. Foto: Reprodução Youtube.

Essa resistência estaria enraizada na dificuldade de enfrentar verdades desconfortáveis sobre si mesmas e sobre o mundo. Esse fenômeno não se limita aos menos instruídos. Todos, em algum momento, podem resistir à busca do conhecimento. Isso ocorre especialmente quando novas informações desafiam suas convicções pessoais.

Somado a isso está o medo de expor fraquezas pessoais ou de ter que reavaliar crenças.

"As opiniões são vistas como extensões de nós mesmos. Quando são desafiadas, podem soar como um ataque pessoal, gerando vergonha e defensividade. A vergonha não deveria estar em estar errado, mas em fazer o errado, como Sócrates já dizia. No entanto, o orgulho e o ego geralmente atrapalham esse reconhecimento", explica.

O casal Victor e Laise Salles são um exemplo de como encarar a realidade como ela é, pode ressignificar a pior das dores. 

No início de 2024, os dois perderam sua filha Isabel. A forma como enfrentam o luto com os olhos fixos no que ficou foi será relatada no Especial de Natal da Brasil Paralelo, que irá ao ar no dia 17 de dezembro. 

Clique aqui, resgate seu ingresso virtual e entenda de forma prática como aplicar a reflexão do professor Mark Lilla.

Lilla rememora que a batalha entre aceitar e resistir à verdade é uma experiência universal, convidando o leitor a refletir sobre sua relação entre conhecimento e crítica. 

Ao contrário do que alguns podem pensar, a crítica não é negativa. Lilla convida os leitores a refletirem sobre sua própria relação com o conhecimento e a adotarem uma postura crítica, reconhecendo que todos, em algum nível, resistem a encarar certos fatos.

O jornalismo da Brasil Paralelo existe graças aos nossos membros

Como um veículo independente, não aceitamos dinheiro público. O que financia nossa estrutura são as assinaturas de cada pessoa que acredita em nossa causa. 

Quanto mais gente tivermos conosco nesta missão, mais longe iremos. Por isso, agradecemos o apoio de todos vocês. 

Seja também um membro da Brasil Paralelo e nos ajude a expandir nosso jornalismo. Clique aqui.

Relacionadas

Todas

Exclusivo para membros

Ver mais