Luiz Roberto Barroso pediu um novo recomeço após as explosões ontem, 13 de novembro, na Praça dos Três Poderes, em Brasília.
Em pronunciamento durante sessão da Corte, o presidente declarou que “o Brasil perdeu a luz de sua alma para a escuridão do ódio, da raiva e da violência”.
“Nós precisamos, como país e sociedade, fazer uma reflexão profunda do que está acontecendo entre nós. Estamos importando mercadorias espiritualmente defeituosas de outros países, que se desencontraram na história”.
Barroso narrou os fatos, elogiando a equipe de segurança do Supremo Tribunal Federal. Afirmou ainda que Francisco Wanderley Luiz se deitou sobre um artefato, que explodiu em seguida.
O ministro também falou que é preciso responsabilizar aqueles que atentam contra a democracia. Ele classificou o evento como parte de uma série de ataques à Corte, ressaltando “o perigo das pessoas envolvidas".
“Sequência de ataques às instituições”
Ao rememorar episódios anteriores, mencionou o caso envolvendo Daniel Silveira. Segundo o magistrado, Silveira fez um vídeo com discurso de ódio contra os ministros.
“Em fevereiro de 2021, um deputado divulgou um vídeo com discurso de ódio, ofensas e ameaças aos ministros do Supremo Tribunal Federal, em um grau inimaginável de grosseria e incivilidade”.
O então deputado foi preso em flagrante no dia 16 de fevereiro de 2021 por ordem de Alexandre de Moraes. Ele gravou um vídeo criticando a Corte, o que foi considerado um ataque às Instituições. Na decisão que manteve Silveira preso, Moraes disse:
“A imunidade material parlamentar não pode ser confundida com impunidade”.
O deputado foi condenado e permanece detido.
Agentes recebidos a tiros
O ministro também citou eventos de outubro de 2022, onde parlamentares desafiaram ordens do Supremo e se envolveram em atos violentos. Destacou a forma como o ex-deputado Roberto Jefferson (PTB-RJ) recebeu policiais que cumpriam mandados de busca e apreensão em sua casa.
“[Roberto Jefferson] Disse que fazia isso em nome da liberdade”, apontou o ministro.
O ministro também mencionou um episódio no qual a deputada Carla Zambelli (PL-SP) perseguiu um homem com arma em punho.
“Uma parlamentar persegue um cidadão que havia se manifestado criticamente, em tom, aliás, muito menos grave do que aquele a que todos nós [ministros] vinham sendo submetidos”.
“Querem perdoar, sem antes sequer condenar”
Barroso também citou as manifestações ocorridas em novembro e dezembro, nas quais milhares de pessoas acamparam na porta de quarteis. Em suas palavras:
“Ao longo dos meses de novembro e dezembro, após bloqueio de estradas, milhares de pessoas acamparam na porta de quarteis por todo o país pedindo respeito ao resultado das eleições e golpe de Estado. Muitos deles, insuflados pela afirmação, criminosamente mentirosa, de que teria havido fraude nas eleições”.



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