Posse e porte de armas autorizados para civis no Equador, em sua maior crise de criminalidade

Ontem (02/04), o presidente do Equador, Guillermo Lasso, autorizou a posse e o porte de armas no país. A medida foi tomada de maneira emergencial devido a uma crise de sequestros e homicídios que vem afligindo o país.

Narcotráfico tenta dominar o Equador

O jornal El País apontou que o Equador alcançou a marca de 20,59 homicídios por cada 100.000 habitantes, a maior marca da história do país. A Polícia Nacional do Equador (PNE) atribui 80% dos assassinatos a confrontos entre grupos criminosos pelo controle da distribuição e exportação de cocaína.

Em meio a nova onda de violência, alguns dos casos de violência reportados são:

• atentados contra delegacias de polícia;
• sequestros;
• decapitações;
• assassinatos de jornalistas e 
• ataques contra civis.

Novas medidas e crítica da oposição

As zonas mais violentas do país foram declaradas em estado de emergência. Para lidar com o problema, o governo:

• contratou segurança privada para atuar junto com a polícia;
• estabeleceu toques de recolher e 
• autorizou a posse e o porte de spray de pimenta e armas de fogo por civis, proibindo a manufatura e uso de armas artesanais. As armas deverão ser registradas em um sistema digital.

“O maior medo hoje é se sentir inseguro. Por isso, anunciamos três medidas imediatas nesta Cruzada por Segurança, para combater o maior inimigo que temos, que é a criminalidade, o narcotráfico e o crime organizado”, disse o presidente Guillermo Lasso em seu Twitter.

A oposição criticou a medida. O ex-presidente do Equador, Rafael Correa, disse:

“Segundo um inepto desalmado como Lasso, a ‘guerra’ é cidadão-criminosos e não crime-Estado. Por isso o porte de armas! A solução é que, com exceção da força pública, ninguém porte armas, a começar pelos criminosos, e isso é possível. Já fizemos isso”.

Entre Lobos - entendendo a guerra da segurança pública

Buscando entender a situação urgente em que o Brasil e outros países da América Latina se encontram, a Brasil Paralelo entrevistou as maiores autoridades brasileiras sobre segurança pública. São mais de 50 entrevistados entre policiais, juízes, advogados, políticos, professores, intelectuais e jornalistas.

O documentário Entre Lobos é o fruto de toda essa pesquisa, revelando pela primeira vez as verdadeiras causas da insegurança que afeta todos os brasileiros. O longa também mostra o mundo real do combate ao crime, especialmente o dia a dia e as dificuldades das polícias do Brasil.

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