A Polícia identificou um dos suspeitos de participar da execução de Ruy Ferraz Fontes, ex-delegado-geral da Polícia Civil e secretário de Administração de Praia Grande.
A informação foi confirmada pelo secretário de Segurança Pública, Guilherme Derrite, durante o velório do delegado.
“É um indivíduo que já foi preso duas vezes por roubo e duas por tráfico de drogas, além de ter antecedentes na adolescência”, afirmou Derrite.
O suspeito teve seu DNA identificado em um dos veículos utilizados na ação criminosa. A prisão preventiva foi solicitada à Justiça.
Apesar de não confirmar vínculos diretos com o PCC, o secretário afirmou que “todas as linhas de investigação seguem abertas”.
O governador Tarcísio de Freitas determinou que o caso seja tratado com prioridade máxima:
“Estou estarrecido. É muita ousadia. Uma ação muito planejada, por tudo que me foi relatado”, afirmou o governador.
Entenda como surgiram as principais facções do Brasil com o especial da Brasil Paralelo. Assista completo abaixo:
Ruy Ferraz Fontes, de 64 anos, era conhecido por sua atuação contra o PCC. Em 2006, foi responsável pelo indiciamento da cúpula da facção, incluindo o líder Marcola.
Como delegado-geral (2019–2022), coordenou a transferência de presos perigosos para presídios federais.
Por esse histórico, Ruy era considerado um dos principais alvos da organização criminosa.
Fontes também ocupava, desde 2023, o cargo de secretário municipal de Administração de Praia Grande.
Investigadores não descartam que sua atuação na prefeitura também possa ter motivado a emboscada.
O ataque ocorreu na tarde de segunda-feira (15), a poucos metros da prefeitura. Fontes foi perseguido por criminosos fortemente armados.
Seu carro colidiu com um ônibus enquanto ele tentava fugir, em seguida, foi alvejado com mais de 20 tiros de fuzil.
Dois carros foram usados no crime; um deles foi incendiado, o outro continha o material genético que possibilitou a identificação do suspeito.
A esposa e o filho de Fontes também ficaram feridos. O velório ocorre na Assembleia Legislativa, com sepultamento marcado para às 16h no Cemitério da Paz, no Morumbi.
A Secretaria da Segurança Pública criou uma força-tarefa com integrantes para capturar os responsáveis.
Além da possibilidade de retaliação do PCC, os investigadores consideram a hipótese de conflitos relacionados à atuação de Fontes na gestão pública.
O Brasil vive uma das maiores crises de segurança pública no mundo, registrando quase 40 mil assassinatos apenas no ano passado.
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