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Tecnologia
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Pessoas "vendendo os olhos"? Entenda o projeto do CEO da OpenAI que paga por fotos da íris

Existem 48 pontos de coleta de dados no Brasil, todos na cidade de São Paulo.

Por
Redação Brasil Paralelo
Publicado em
24/1/2025 17:58
Bloomberg Linea

Diversas pessoas estão falando que “venderam seus olhos” nas redes sociais. Trata-se de um projeto chamado World, da startup Tools for Humanity que está pagando em criptomoedas para escanear a íris de voluntários. Milhares de pessoas já participaram, mas o processo está gerando polêmicas.

O CEO da OpenAI, Sam Altman, está por trás da iniciativa. A ideia é construir um banco de dados para garantir a segurança no meio digital, evitando a ação de robôs criados com Inteligência Artificial (IA).

O objetivo é que todos tenham um World ID, que será utilizado como uma espécie de “passaporte” para atestar a humanidade dos usuários no meio digital.

O projeto está em fase inicial e a empresa está buscando voluntários para ajudarem na construção de um banco de dados com imagens das íris.

A íris é a área colorida do olho, cada pessoa conta com um padrão exclusivo, como se fosse uma impressão digital ocular

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Empresa paga em criptomoeda

Para incentivar as pessoas a cederem seus dados biométricos ao projeto, a empresa está pagando os participantes com a criptomoeda Worldcoin.

A moeda virtual foi criada pela própria Tools for Humanity e pode ser retirada em forma de dinheiro na conta do banco.. 

A empresa envia 20 tokens em até 48 horas depois do cadastro e mais dois por dia no período de um ano até completar o valor prometido.

  • Tokens são códigos que representam algo, no caso dinheiro. 

Conforme mais pessoas aceitam ser escaneadas, o valor oferecido diminui. Além disso, a cotação das worldcoins varia muito, podendo perder ou ganhar valor em questão de dias.

Como participar e ganhar dinheiro?

Para conseguir vender sua íris é preciso baixar o aplicativo World App. O link para o aplicativo pode ser encontrado no site oficial, clique aqui para acessar. 

Uma vez que o aplicativo foi instalado, é só se cadastrar para fazer seu World ID. Em seguida basta buscar um ponto de coleta de dados.

Até o momento existem apenas 656 pontos no mundo inteiro e 48 deles estão no Brasil

Todos localizados na cidade de São Paulo, normalmente em shoppings, praças e supermercados.

As pessoas recebem criptomoedas através do aplicativo e podem usá-lo para converter o valor em dinheiro.

Como funciona o escaneamento?

Para captar a Irís, os usuários devem se posicionar em frente a uma câmera de alta resolução chamada de orb.

Usuários recebem criptoativos em troca do cadastramento de suas íris e rosto na plataforma da World, uma nova rede digital.
A esfera com a câmera é essa Orb. Imagem: Alex Silva/Estado de São Paulo

A Orb tira uma foto do rosto do participante. O sistema escaneia a íris e cria um código que é enviado para o aplicativo no celular

Assim que a pessoa acessar seu World ID precisa fazer um reconhecimento facial e as informações são apagadas automaticamente da orb.

Caso a pessoa não queira manter seus registros no banco de dados, é possível apagar as informações através do aplicativo.

Segundo a empresa, todo o processo é anônimo e não haveria nenhum tipo de cruzamento de dados.

Polêmicas

A Tools for Humanity tem sido criticada por pagar aos voluntários que aceitam ter sua retina escaneada.

Mais de 400 mil pessoas já participaram do projeto e muitas delas apenas escolheram isso para conseguir dinheiro fácil e rápido. Isso pode ser interpretado como exploração de pessoas mais vulneráveis.

O jornal Estado de São Paulo entrevistou pessoas em um ponto de coleta na Zona Sul e descobriu que muitos nem entendem exatamente o que vai acontecer, só querem o dinheiro:

Mesmo com certa desconfiança, o dinheiro ‘fácil’ parecia bom no momento”, disse Ágatha Cavendish.

Outra questão é a forma como dados tão sensíveis com a íris serão utilizados pela empresa.

Também existem dúvidas sobre a segurança e clareza com a forma como a companhia vai usar essas informações

Países europeus, como Portugal e Espanha chegaram a proibir a coleta de dados desse tipo.

No Brasil, a Autoridade Nacional de Proteção de Dados (ANPD) instaurou um processo em novembro do ano passado para fiscalizar se o sistema está World respeitando a legislação nacional sobre o tema.

A agência afirma que a empresa “encaminhou os documentos e as informações requeridas”.

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