O padre Júlio Lancellotti voltou a gerar polêmica ao celebrar, em Fortaleza (CE), uma missa marcada por manifestações que adquiriram caráter político. A celebração aconteceu na última quinta-feira (26) na Capela São José Operário, no bairro Bonsucesso.
O sacerdote incentivou gritos de “sem anistia” e “Palestina livre”. Durante a sermão, Lancellotti comemorou a rejeição da chamada PEC das prerrogativas no Senado.
A PEC prevê autorização prévia do Congresso para abertura de processos contra parlamentares.
“Essa é a força do povo. Esse é o amor de Deus, que faz o povo se mobilizar e derrubar a PEC da Blindagem! Quando o povo se une em todas as cidades, quando a voz do povo grita alto pela vida e pela liberdade, os poderosos tremem e os covardes põem a viola no saco”, declarou.
Em outro momento, incentivou o público a gritar “Palestina livre!” e “Sem anistia!”.
A viagem de Lancellotti à capital cearense incluiu ainda participação em um seminário sobre políticas públicas para moradores de rua na Faculdade de Direito da Universidade Federal do Ceará, promovido pelo Conselho Nacional de Justiça.
O padre também apresentou aos presentes um boné do movimento Frassati, identificado como antifascista.
“Esse bonezinho que nós trouxemos e que depois será enviado mais vezes para cá pelo compadre James é: Frassati, movimento antifascista. Vamos logo dizer: nós não somos fascistas, não somos fascistas e não aceitamos o fascismo”.
Além da missa em Fortaleza, o padre Júlio Lancellotti tem apoiado iniciativas que unem assistência social e ativismo político.
Um dos projetos é o Ateliê Santa Rosa de Lima. Situado no bairro do Belenzinho, reúne pessoas em situação de rua que recebem alimentação e aprendem a diagramar logos e imagens usados em canecas vendidas no Mercado Livre.
Segundo Lancellotti, a renda das vendas financia o próprio projeto e garante bolsas aos participantes.
As estampas das canecas fazem parte do que o padre chama de “campanha antifascista”, em referência a Giorgio Frassati, canonizado em setembro junto com Carlo Acutis.
“Os participantes recebem bolsa, aprendem o trabalho, e a venda dos itens ajuda a patrocinar o projeto. É importante nos posicionarmos: o mundo vem passando por uma onda neofascista, e é nosso dever assumir essa posição”.
Cada vez que a palavra fascismo é usada como simples rótulo ou insulto, sem compreensão do que realmente significa, não estamos apenas repetindo “achismos”. Estamos apagando a memória de quem morreu sob essa ideologia.
É para resgatar esses fatos, e romper com a superficialidade do debate público, que a Brasil Paralelo produziu a série História do Fascismo, uma das maiores investigações já realizadas pela empresa.
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