A Polícia Federal está investigando uma organização criminosa que traficava mulheres brasileiras para exploração sexual na Europa.
Segundo as investigações, as vítimas eram aliciadas por meio de redes sociais e aplicativos de mensagens.
Os criminosos prometiam oportunidades de trabalho, pagavam alimentação e hospedagem das vítimas.
Ao chegarem no continente, as mulheres eram informadas de que estavam presas por dívida, tinham seus documentos escondidos e passavam a ser submetidas a uma rotina de violência física e psicológica.
Uma das vítimas conseguiu retornar ao Brasil e denunciou o esquema, revelando detalhes que permitiram à PF mapear a atuação do grupo.
A organização encontrava suas vítimas no Distrito Federal, São Paulo, Goiás e Pernambuco. Fora do país, elas eram levadas para a província de Namur, na Bélgica.
A quadrilha lavava dinheiro através de transferências internacionais. A Justiça determinou o bloqueio de R$6,6 milhões em bens dos investigados.
Além disso, quatro passaportes foram apreendidos e investigados foram impedidos de sair do país.
Os envolvidos podem responder por tráfico internacional de pessoas, associação criminosa e lavagem de dinheiro, o que pode levar a 25 anos de prisão.
Esse não é um caso isolado. Segundo o Relatório Global da ONU sobre Tráfico de Pessoas (GLOTIP 2024), o mundo vive um dos piores cenários da história recente.
O número de vítimas aumentou mais de 25% desde 2019. Crianças e adolescentes, especialmente meninas, estão entre as principais afetadas.
O relatório aponta que 61% das vítimas são mulheres ou meninas traficadas para fins de exploração sexual.
A Organização internacional do Trabalho (OIT) afirma que a exploração sexual movimenta mais de R$546.4 bilhões por ano.
A ONU também alerta para uma profissionalização das organizações criminosas, que estão usando cada vez mais as redes sociais para aliciar suas vítimas.
Segundo a organização, em diversas regiões do mundo as vítimas são ignoradas pelas autoridades locais.
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