Em entrevista ao Portal Público, Peterson contou que se preocupa com os seus alunos que chegam ao ensino superior sem nunca terem ouvido falar sobre as mortes causadas pelos regimes comunistas ao longo da história.
O psicólogo diz abordar em suas aulas tanto os males do fascismo quanto do comunismo. Segundo ele, isso parece não ser feito por outros professores. Afirma também se preocupar com a falta de diversidade ideológica entre os acadêmicos:
“O que me preocupa é que as universidades estão cheias de radicais de esquerda e não os há de direita.”
Ao ser questionado se movimentos como o #MeToo ou dos direitos dos homossexuais são uma forma de ditadura ou de induzir a algum tipo de autoritarismo, pontuou que qualquer organização tem tendência à tirania, à medida que o tempo passa.
Essa posição crítica de Peterson o levou a ser reconhecido internacionalmente. Entre os temas aos quais ele se contrapõe estão a hegemonia ideológica nas instituições de ensino superior Costuma se posicionar também em relação a pautas polêmicas como o feminismo, liberdade sexual e até aborto. Mas nem sempre foi assim.
Jordan Peterson vivia uma vida discreta como professor universitário em Toronto Durante um tempo, também lecionou em Harvard.
Doutor em Psicologia, realizava consultas clínicas em sua cidade no Canadá. Peterson mergulhou por 15 anos nas pesquisas de sua maior obra: “Mapas do Significado: A Arquitetura da Crença”.
Em 2016, a lei C-16, que tratava como crime não chamar uma pessoa pelo pronome que ela se identificava, estava prestes a ser aprovada no Canadá.
Ele lançou uma série de vídeos intitulados de “Professor contra ideologia de gênero”, em que classificava o projeto como autoritário. A partir daí, as reações começaram.
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Quando foi palestrar na Galeria Nacional do Canadá, mais de 100 pessoas se reuniram com cartazes contra ele. Um dos manifestantes dizia:
"A arte sempre foi um espaço seguro para pessoas queer, pessoas de cor e pessoas marginalizadas em geral. Não nos sentimos mais seguros vindo à National Gallery of Canada".
Na mídia, eram escritas matérias que tentaram classificá-lo como um extremista, a exemplo desta publicação do The Guardian:
“Peterson fortalece a polarização com o seu machismo intelectual e atacando ideias das quais discorda de bobas, ridículas, absurdas e insanas”.
Essa perseguição não é algo exclusivamente atribuído a Peterson ou praticado no Canadá. Muitos professores no Brasil também sofrem com esse problema.
Ricardo Costa, professor titular de História da Arte da Universidade Federal do Espírito Santo (UFES), viu seus alunos irem para um bar comemorar quando ele foi internado no CTI.
Ele é um dos nossos convidados no novo documentário da Brasil Paralelo.
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