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O missionário desafiou o comunismo levando bíblias para a União Soviética, um ato de coragem que inspirou a criação da fundação da Portas Abertas.
A ONG dedica-se a ajudar cristãos perseguidos em todo o mundo, treinar missionários para atuar em locais onde a fé cristã não é bem-vinda de distribuir bíblias.
O governo comunista proibiu a circulação do livro por considerá-lo “portador de ideias opostas às de Lênin e Marx”.
A formação da União Soviética foi um marco na história da humanidade, sendo um dos impérios de maior extensão da história e o primeiro governo declaradamente ateu.
Sua história começa com a ideologia de Marx e Engels, que escreveram o Manifesto do Partido Comunista em 1948. Dali em diante, essas ideias se espalharam pelo mundo. O resultado foram regimes totalitários.
A Brasil Paralelo contou a História do Comunismo em uma série especial de seis episódios, sendo os três primeiros gratuitos no Youtube. Assista ao primeiro abaixo e entenda mais do por que o ato de Andrew foi tão corajoso.
Um jovem que cresceu sob o Nazismo
Andrew Van der Bijl, conhecido mundialmente como "Irmão André", nasceu em Sint Pancras, na Holanda, em 1928. Cresceu em meio ao regime Nazista em seu país, que o impediu de concluir seus estudos.
Em sua autobiografia “O contrabandista de Deus”, detalha travessias perigosas de fronteiras, perseguição da KGB (polícia secreta russa) e sua corajosa jornada para viver radicalmente por Jesus Cristo.
Viajava em um fusca azul, que ficou conhecido como "o carro milagroso" por sua incrível capacidade de continuar andando. Durante suas viagens, rezava uma oração especial escrita por ele mesmo:
"Senhor, na minha bagagem tenho Escrituras que quero levar aos Teus filhos. Quando estavas na Terra, fizeste os olhos cegos verem. Agora, eu oro, faças os olhos que veem cegos. Não deixes que os guardas vejam aquelas coisas que não queres que eles vejam."
Irmão André começou o Portas Abertas a partir do contrabando de bíblias na antiga União Soviética. Foto: divulgação.
Um cristão onde o cristianismo era perseguido
Ainda jovem, Andrew voluntariou-se como soldado e participou de campanhas de policiamento militar na Indonésia.
Em 1949, foi ferido em combate e começou a ler a Bíblia, algo que mudou sua vida. Ao retornar à Holanda, decidiu dedicar-se inteiramente à obra missionária, comprometendo-se a levar sua fé a lugares onde ela era mais necessária.
Em 1953, começou seus estudos em um centro de treinamento da Cruzada de Evangelização Mundial em Glasgow da Igreja Presbiteriana de Boa Vista, na Escócia.
Dois anos depois, infiltrou-se em um congresso de jovens comunistas na Polônia, não como espião, mas como missionário. Na bagagem levou:
uma Bíblia;
algumas mudas de roupa, e;
a missão de fortalecer aqueles que estavam prestes a perder a esperança.
Foi nesse contexto que ele percebeu a urgência em contrabandear bíblias para aqueles cristãos, perseguidos pelo regime. A partir daí:
viajou repetidamente para a União Soviética.
contrabandeou bíblias para cristãos perseguidos .
enfrentou o risco constante de prisão.
O regime soviético foi derrubado nos anos 1980 sem nunca o ter pego. Para ele, Deus permitira que não fosse descoberto. No entanto, a proteção divina foi ainda mais profunda.
Em 1997, o fundador da Portas Abertas recebeu o Prêmio Liberdade Religiosa da Associação Evangélica Mundial, um reconhecimento por sua vida de serviço à Igreja Perseguida e paixão por espalhar o evangelho. Foto: divulgação.
Irmão André era conhecido do pelos soviéticos
O governo comunista sabia quem era Andrew Van der Bijl e documentou suas ações em detalhes.
Descobriu-se um extenso dossiê de 150 páginas sobre a evangelização clandestina do Irmão André. No entanto, nunca conseguiram prendê-lo.
Ele recebeu vários prêmios por seus serviços na evangelização e defesa do cristianismo. Veja alguns:
Em 1993, foi nomeado cavaleiro pela rainha Beatrix da Holanda;
Em 1997, recebeu o Prêmio Liberdade Religiosa da Associação Evangélica Mundial, um reconhecimento por sua vida de serviço à Igreja perseguida e pela paixão por espalhar o evangelho.
André dizia que seu maior orgulho enquanto missionário era ser chamado de “irmão de sangue” dos índios apache nos anos 1980.
A influência do irmão André no mundo muçulmano
Nas últimas décadas de sua vida, irmão André concentrou sua atenção no mundo muçulmano. Nessa missão ele:
viajou para o Oriente Médio e Sul da Ásia.
visitou campos de refugiados em Peshawar, Paquistão.
encontrou-se com líderes muçulmanos fundamentalistas.
Para ele, a rápida expansão do islã poderia ser o maior desafio que a Igreja já enfrentou.
Ao mesmo tempo, seu amor pelos muçulmanos o levou a usar a palavra ISLAM como acrônimo em inglês para I Sincerely Love All Muslims (eu sinceramente amo todos os muçulmanos).
O Irmão André visitou o campo de refugiados em Peshawar, no Paquistão, onde cerca de três milhões de refugiados afegãos viveram durante a guerra com a Rússia e após o primeiro domínio do Talibã. Foto: divulgação.
Morte e legado
Andrew Van der Bijl faleceu em 27 de setembro de 2022 em sua casa na cidade de Harderwijk, Holanda.
Ele foi casado por 59 anos Corrie van der Bijl, falecida em 23 de janeiro de 2018. O casal passou toda a vida morando na Holanda, onde teve cinco filhos e onze netos.
Histórias como a dele são pouco contadas pela mídia tradicional, que parece desprezar a luta dos cristãos contra a perseguição. Por isso, o jornalismo da Brasil Paralelo se compromete a levar até o leitor notícias ignoradas pelos principais jornais.
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