Nova York é o coração financeiro do mundo, a cidade é um símbolo de prosperidade e oportunidade de negócios, no entanto, está em alerta máximo.
O estado projeta um déficit de aproximadamente US$34 bilhões, o equivalente a R$183 bilhões, para os próximos três anos.
O valor é cerca de 25% acima do cálculo inicial feito pela governadora Kathy Hochul e representa o pior resultado desde a crise de 2008.
Essa situação é resultado direto de três fatores:
Os legisladores de Nova York aprovaram em maio um orçamento de R$1.3 trilhão para 2026.
Aproximadamente 44% do valor deverá ser gasto em programas voltados para a saúde, representando o valor de R$603 bilhões.
Desconsiderando recursos federais e outras fontes de receita, os cofres do estado deverão gastar R$237 bilhões apenas na área da saúde.
Além disso, a ajuda às escolas e instituições de ensino cresceu 4,8%, chegando a cerca de R$200 bilhões.
Isso sem considerar outras políticas de benefícios sociais, como programas habitacionais e de transferência de renda.
Mesmo aumentando os gastos, o estado prevê um corte de impostos de R$10.7 bilhões para aliviar o peso da inflação.
O aumento dos gastos acontece em um momento crítico para a relação entre o Estado e o governo federal.
Desde que assumiu a Casa Branca, Trump tem diminuído o repasse para políticas sociais nos estados.
O controlador de gastos de Nova Iorque, Thomas DiNapoli comentou sobre as mudanças na relação com o presidente:
“Isso provavelmente é apenas o começo; a relação entre o governo federal e os estados está sendo reestruturada, e os governos estaduais enfrentarão reduções drásticas na ajuda federal, o que poderá forçar decisões difíceis sobre receitas e prioridades de gastos estaduais”
Os cortes devem aumentar com a aprovação do pacote One Big Beautiful Bill de Trump.
A medida inclui cortes de impostos e aumento no orçamento para defesa, além de uma redução drástica em políticas sociais e incentivos à energia limpa.
O pacote pode custar mais de R$70 bilhões para o sistema de saúde de Nova York, segundo a governadora Hochul.
DiNapoli destaca que o corte no repasse de recursos federais deverá dificultar projetos dos democratas e agravar a situação social na cidade:
“Além de aumentar o número de nova-iorquinos sem seguro ou enfrentando insegurança alimentar, o estado também terá que lidar com mudanças que encerram o financiamento
Esses fatores se somam a uma drástica desaceleração da economia em Nova Iorque.
O número de contratações na cidade de Nova Iorque caiu no primeiro semestre do ano.
Segundo o New York Times, o setor privado gerou apenas cerca de mil novos empregos, o crescimento mais lento fora de uma recessão em décadas.
Em maio o Escritório Independente de Orçamento estimou que 31 mil novos empregos seriam abertos até o final do ano.
O número é bem menor do que as estimativas para o ano passado, que chegavam a mais de 100 mil pessoas contratadas.
A taxa de desemprego da cidade é de 4,7%, maior que a média nacional. Para segmentos como jovens trabalhadores a taxa é ainda maior.
Outras grandes cidades de estados governados por democratas também registraram uma queda nos novos empregos, como Los Angeles e São Francisco.
As grandes empresas estão migrando para estados republicanos como a Flórida e o Texas, que oferecem mais benefícios para empresas e cobram menos impostos.
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