Uma nova Constituição para o Chile estava entre as maiores apostas do atual governo do país, identificado como sendo de esquerda. A mudança previa mais atenção às minorias, mais inclusão, ainda que, por outro lado, as mudanças exigissem mais intervenção estatal na economia.
São mais de 11,2 milhões de eleitores e, destes, 62% votou contra as alterações que aumentavam o engajamento da pauta socialista na nova Constituição. A Constituição anterior, de 1980, continua sendo respeitada.
Esse resultado representa uma derrota para os movimentos de esquerda do Chile. Pensava-se que a mudança aconteceria, tendo-se em vista que, em 2020, 80% da população votou para que a Constituição passasse por alterações.
A convenção que redigiu o texto da nova Carta Magna era composta por integrantes de esquerda, que queriam implantar pautas socialistas. O colegiado previa:
- Reconhecimento do direito ao aborto;
- Obrigação de 50% de vagas para mulheres em todos os órgãos de Estado;
- Criação de sistema judicial indígena;
- Definição do Chile como Estado plurinacional e intercultural;
- Endurecimento da legislação ambiental;
- Legalização das drogas;
- Aumento do Imposto de Renda em 200%
- Transferência das polícias para o Ministério da Paz, Convivência e Segurança
Uma curiosidade é que a obra 1984, que aborda uma ditadura, possui um Partido Único com 4 ministérios. O lema do partido, governado pelo Grande Irmão (Big Brother) é:
“GUERRA É PAZ
LIBERDADE É ESCRAVIDÃO
IGNORÂNCIA É FORÇA”.
Dentre os ministérios, um deles leva justamente o nome de Ministério da Paz e é o responsável pela Guerra.
Diante da pauta socialista, os chilenos não gostaram da nova Constituição. Representantes da direita não alcançaram sequer um terço dos assentos para conseguir vetar as propostas. Isso sinalizou para o povo uma tentativa de refundar o país.
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