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A Justiça do Rio de Janeiro determinou a prisão preventiva de 20 integrantes do Comando Vermelho, incluindo dois dos líderes históricos da facção: Luiz Fernando da Costa, o Fernandinho Beira-Mar, e Márcio dos Santos Nepomuceno, o Marcinho VP.
A decisão foi expedida pela 2ª Vara Especializada em Organização Criminosa do Tribunal de Justiça do Rio. Ela atendeu a um pedido do Ministério Público estadual, que denunciou os acusados por associação criminosa voltada a roubos de veículos.
Mesmo presos em presídios federais de segurança máxima, Beira-Mar e Marcinho VP são apontados como chefes do esquema. Segundo as investigações, cabia a eles autorizar a entrada dos carros roubados em comunidades controladas pela facção.
O Ministério Público afirma que o grupo tinha uma estrutura organizada e divisão de tarefas.
Batedores: observavam a movimentação policial e alertavam os demais integrantes.
Executores: realizavam diretamente os roubos de veículos.
Após os crimes, os carros eram clonados para revenda ou desmontados para venda das peças em ferros-velhos.
Além de Beira-Mar e Marcinho VP, também foram denunciados nomes conhecidos da polícia fluminense:
Ricardo Chave de Castro Lima, o “Fu da Mineira”;
Ocimar Nunes Robert, o “Barbosinha”;
e Wilton Carlos Rabelo Quintanilha, o “Abelha”. Este último está foragido.
A nova acusação pode ampliar as já extensas penas dos traficantes. Preso desde 2001, Beira-Mar acumula mais de 300 anos de condenações. Marcinho VP, encarcerado desde 1996, cumpre pena no Mato Grosso do Sul
Quem é Fernandinho Beira-Mar?
Luiz Fernando da Costa, de 56 anos, é um dos nomes mais conhecidos do crime organizado no Brasil.
Ganhou notoriedade nos anos 1990 ao expandir a rede de distribuição de drogas do Comando Vermelho no Rio de Janeiro, controlando pontos de venda em diversas comunidades.
Fernandinho Beira-Mar. Imagem: Jovem Pan.
Sua trajetória criminal inclui fugas, ligações com as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) e múltiplas condenações por tráfico, homicídios e organização criminosa.
Preso pela primeira vez nos anos 1990, conseguiu fugir e passou seis anos foragido em países vizinhos. Foi recapturado em 2001, em uma operação internacional que o encontrou em área de selva na Colômbia.
A lista de crimes atribuídos a ele é extensa. Em 1999, teria ordenado o assassinato brutal de um homem acusado de se envolver com uma ex-amante sua. Em 2002, foi condenado a mais de 120 anos pela morte de quatro rivais durante a rebelião em Bangu 1.
Considerado um dos detentos mais perigosos do país, inaugurou o presídio federal de Catanduvas, no Paraná, em 2006, marco do modelo de prisões de segurança máxima administradas pela União. Atualmente, soma mais de 300 anos de penas.
Quem é Marcinho VP?
Márcio dos Santos Nepomuceno, de 54 anos, nasceu em Vigário Geral, na zona norte do Rio, e cresceu em São João de Meriti.
Seu pai foi assassinado quando ele era bebê, e sua mãe chegou a ser presa quatro vezes. Criado por uma tia, começou a roubar ainda na adolescência.
Nos anos 1980, entrou para o tráfico de drogas no Complexo do Alemão e rapidamente ascendeu na hierarquia do Comando Vermelho. O apelido “VP” vem da expressão “vapor”, usada para designar pequenos vendedores de drogas.
Marcinho VP. Imagem: reprodução/TV Record.
Condenado a 36 anos em 2007 pelo assassinato e esquartejamento de dois rivais, Marcinho VP já cumpriu mais de duas décadas de prisão. Ele próprio admite envolvimento em assaltos a bancos e carros-fortes, mas nega ter chefiado o tráfico.
Sua trajetória é marcada por episódios polêmicos. Em entrevistas, afirmou ter ajudado Sérgio Cabral em sua campanha à prefeitura do Rio em 1996, alegando que o então político teria recebido apoio logístico do Comando Vermelho.
Mesmo preso, seguiu influente na facção. É acusado de ter participado do assassinato de outro traficante, Marcinho VP de Dona Marta, em 2003, dentro do presídio de Bangu III.
Desde 2007, está em presídios federais de segurança máxima, passando por Catanduvas, Mossoró e, atualmente, Campo Grande. Nessas unidades, cumpre pena em regime mais rígido, com isolamento em celas individuais e visitas controladas.
O Rio de Janeiro é considerado um dos lugares mais bonitos do mundo e símbolo do Brasil.
A cidade, contudo, está dominada por facções que lutam entre si para controlar cada centímetro do território da capital carioca.
Em meio a esse cenário caótico, a população se tornou refém dos embates constantes entre organizações do crime organizado.
O paraíso descrito em tantas músicas brasileiras que conquistou o imaginário do mundo inteiro parece estar em chamas.
A Brasil Paralelo investigou como a cidade maravilhosa se transformou em uma zona de guerra.
O retrato dessa realidade está em Rio: Paraíso em Chamas, disponível na plataforma de membros da Brasil Paralelo.
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